CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672462
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Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

A epidemiologia de adenomas hipofisários em um hospital de referência

Enrico Pinheiro de Oliveira
1   Hospital Geral de Fortaleza
,
Rafael Costa Lima Maia
1   Hospital Geral de Fortaleza
,
Jackson Gondim
1   Hospital Geral de Fortaleza
,
Osvaldo Pereira da Costa Sobrinho
2   Universidade Federal do Ceará
,
Lucas Alverne Freitas de Albuquerque
1   Hospital Geral de Fortaleza
,
Stelio da Conceição Araújo Filho
1   Hospital Geral de Fortaleza
,
Edson Lopes Junior
1   Hospital Geral de Fortaleza
› Author Affiliations
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 
 

    Introdução: Os adenomas hipofisários respondem por 9–15% dos tumores intracranianos em séries de autopsia, mas podem chegar a representar até 22–23% em séries radiológicas. Podem ser divididos quanto à produção hormonal em funcionantes e não funcionantes, sendo este último o mais comum, representando até 54% dos adenomas de hipófise. Na literatura, a média de idade varia entre 42–52 anos e há discreta predominância no sexo feminino, com cerca de 56–67% dos casos.

    Objetivo: Avaliar fatores epidemiológicos de uma série de casos operados de Adenomas Hipofisários em hospital de referência e comparar com a literatura.

    Método: O presente estudo consistiu em uma análise retrospectiva de prontuários de pacientes submetidos à neurocirurgia entre 1° de janeiro de 2014 e 31 de dezembro de 2016.

    Resultados: Foram Encontrados 123 casos de adenomas hipofisários tratados neste período. A idade dos pacientes variou entre 10 e 80 anos (média de 47 anos), 50,4% eram do sexo masculino. 23 pacientes (18,7% dos casos) já tinham sido submetidos à cirurgia previamente. Foram internados eletivamente 58,5% dos casos e os outros 41,5% entraram pela emergência do hospital. O tempo médio dentro do nosocômio foi de 14 dias, variando de 0 até 112 dias. Permaneceram em média 4 dias na Unidade de Terapia Intensiva, sendo a permanência mínima de menos de um dia e a máxima de 50 dias. Nove casos (7%) tiveram o diagnóstico de hidrocefalia. Sete pacientes (5%) foram a óbito durante o internamento. Dos que foram a óbito, quatro (57%) tiveram diagnóstico de hidrocefalia (44% dos casos de hidrocefalia): dois no pré-operatório e dois no pós-operatório.

    Conclusão: Encontramos nesta série um discreto predomínio do sexo masculino o que vai de contradição à literatura, porém a faixa etária foi condizente. Observamos também que a maior parte dos casos que foram a óbito teve a hidrocefalia como diagnóstico acessório e que quase metade dos casos que tiveram este diagnóstico também faleceram, fazendo uma relação importante entre a hidrocefalia e desfecho desfavorável nesses pacientes. Ressaltamos a importância de que, ao conhecer o perfil dos pacientes atendidos no serviço, taxa de reoperação, permanência em Unidade Intensiva e complicações, podemos oferecer um melhor atendimento à população.


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