CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672484
E-Poster – Skull Base
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Acesso do tipo maxillary swing para lesões craniofaciais

Marlon César Melo de Souza Filho
1   HC-FM-USP
,
Paulo Sérgio Sarkis
1   HC-FM-USP
,
Ana Graciela Ortiz Rojas
1   HC-FM-USP
,
Hugo Aguiar Carneiro Araújo
1   HC-FM-USP
,
Danielli Matsuura
1   HC-FM-USP
,
Sérgio Gonçalves
1   HC-FM-USP
,
César Casarolli
1   HC-FM-USP
,
Vinicius Trindade Gomes da Silva
1   HC-FM-USP
,
Marcelo Prudente do Espírito Santo
1   HC-FM-USP
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 
 

    Introdução: Nos últimos anos, técnicas minimamente invasivas têm ganhado espaço para tratamento de lesões acometendo a base do crânio. Entretanto em lesões com expansão para além da linha média, extensão extracraniana e invasão de estruturas neurovasculares, acessos transfaciais ainda têm seu papel. Neste trabalho, apresentamos a experiência de nosso serviço com o acesso do tipo “Maxillary Swing” para lesões craniofaciais, incluindo um caso em que foi realizado um dos poucos acessos descritos em literatura com técnica bilateral.

    Casuística/Resultados: A casuística consiste de quatro casos com diagnósticos de Nasoangiofibroma, Meningioma Esfeno Orbitário, Condrossarcoma e Cordoma de Clivus, respectivamente. Todos apresentavam extensão para face e crânio com envolvimento de estruturas neurovasculares. No caso do cordoma, havia ainda extensão para canal vertebral até C2. Todos os procedimentos foram realizados por equipes combinadas de Cirurgiões de Cabeça e Pescoço e Neurocirurgiões, durando em média 20 horas. Em um dos casos houve necessidade de politransfusão no intra operatório e dois dos casos apresentaram complicações pós-operatórias relevantes, com fístula liquórica em um e tetraparesia revertida em outro.

    Discussão: O “Maxillary Swing” foi descrito em 1991 como uma alternativa de acesso à nasofaringe e espaço parafaríngeo O procedimento é baseado em três etapas: a dissecção de tecidos moles e exposição do tecido ósseo, osteotomia e a rotação maxilar e, após a ressecção da lesão a remontagem dos tecidos por planos. Trabalhos anteriores mostram que não só o acesso ao espaço nasofaríngeo pode ser alcançado com esse tipo de abordagem, mas também a fossa infratemporal, podendo ser complementado por meio de craniotomia frontal, bifrontal ou frontotemporal para lesões com expansão intracraniana.

    Comentários finais: Embora o acesso descrito tenha maior morbidade, maior tempo de recuperação e induza maior impacto fisiológico se comparada às técnicas minimamente invasivas, o mesmo tem espaço para tratamento de lesões extensas, com expansão para além da linha média e invasão de estruturas neurovasculares, sendo especialmente útil naquelas lesões com expansão para espaço parafaríngeo e fossa infratemporal


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    No conflict of interest has been declared by the author(s).