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DOI: 10.1055/s-0038-1672539
Hematoma subaracnóideo espinhal após raquianestesia causando compressão da cauda equina
Publikationsverlauf
Publikationsdatum:
06. September 2018 (online)
Apresentação de caso: Paciente sexo feminino, 58 anos, foi submetida a raquianestesia para cirurgia ortopédica em membro inferior esquerdo, evoluiu no pós-operatório com síndrome medular completa, sendo submetida a RNM de coluna lombossacral e diagnosticada com hematoma subaracnóideo espinhal. Paciente foi submetida em caráter de urgência a laminectomia descompressiva L3–L4 e drenagem de volumoso hematoma em espaço subaracnóideo espinhal. No pós-operatório imediato paciente já apresentava melhora sensitiva, esfincteriana, porém pouca melhora motora.
Discussão: Hematoma subaracnóideo espinhal é um evento muito raro, podendo ocorrer numa frequência de 1:220.000 casos após raquianestesia, principalmente quando este procedimento é difícil execução ou sem êxito. Vários fatores predisponentes são descritos, como presença de tumores ou malformações vasculares dentro do canal espinhal, coagulopatias, uso de terapia antiplaquetária e/ou anticoagulantes, trauma medular direto, estenose do canal espinhal, anestesia combinada raquiperidural, punções traumáticas, múltiplas e difíceis. Contudo, nem sempre é possível a identificação de fatores de riscos ou etiológico com clareza. A apresentação clínica de hematoma subaracnóideo pode variar de dor lombociática persistente a paraplegia franca ou até mesmo síndrome medular competa. Quando suspeito, de acordo com a história de raquianestesia e sintomas típicos, o diagnóstico deve ser prontamente confirmado com exames de imagem, preferencialmente com RNM da coluna lombar. O tratamento recomendado para pacientes sintomáticos e com déficit neurológico é laminectomia espinhal de emergência seguido de microcirurgia para drenagem do hematoma.
Considerações finais: O hematoma subaracnóideo espinhal é um evento raro, mesmo entre os hematomas do canal medular. Acredita-se que a causa dessa raridade se deve à dificuldade de gerar um hematoma mesmo quando ocorre sangramento, uma vez que o sangue é diluído com o líquido cefalorraquidiano e irrigado com o fluxo deste. O diagnóstico precoce é a chave para a plena recuperação neurológica. Quando suspeito, de acordo com a história de raquianestesia e sintomas típicos, uma RM de urgência deve ser realizada, avaliando a necessidade de intervenção cirúrgica de emergência.
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Die Autoren geben an, dass kein Interessenkonflikt besteht.