CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672619
E-Poster – Functional
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Estudo da expressão gênica da família HCN em ratos com epilepsia induzida pela pilocarpina

Carolina Friske Vieira
1   Universidade Luterana do Brasil
,
Jaqueline Pessanha da Silveira
1   Universidade Luterana do Brasil
,
Marina Marcon Zamban
1   Universidade Luterana do Brasil
,
Carlos Vicente Brusius
2   Hospital Moinhos de Vento
3   Santa Casa de Misericórdia
,
Ricardo Silva dos Santos
2   Hospital Moinhos de Vento
3   Santa Casa de Misericórdia
,
Denise Cantarelli Machado
4   Universidade Luterana do Brasil
,
Jaderson Costa da Costa
4   Universidade Luterana do Brasil
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 
 

    Introdução: Mutações em mais de 70 genes, que formam os canais iônicos, estão relacionadas a diferentes doenças humanas, como a epilepsia. Assim, surge o conceito de canalopatias como base de distúrbios do SNC. Um tema inovador na fisiologia das canalopatias do SNC é o estudo da família dos canais catiônicos ativados pela hiperpolarização (CHCNs), em que há o reconhecimento de que esses canais são membros de uma família cuja expressão é fortemente correlacionada com a excitabilidade neuronal.

    Objetivos: Determinar o padrão de expressão gênica da família HCN (codificadora dos canais-H) no córtex temporal, subiculum, CA1, CA2 e cerebelo de ratos com epilepsia induzida pelo pilocarpina.

    Método: A expressão dos genes HCN1-HCN4 foi analisada em diferentes regiões do SNC de ratos. Para este estudo foram utilizados ratos machos distribuídos em dois grupos: ratos-controle e ratos com epilepsia induzida por pilocarpina. No grupo de ratos epilépticos, tratados com pilocarpina, foi utilizado o modelo de epilepsia descrito por Cavalheiro (1991) em 40 animais. Desses, somente os animais que atingiram os graus 4 e 5 da escala de Racine foram incluídos (n: 20). Os 20 ratos foram distribuídos em dois grupos de tratamento com pilocarpina: pilocarpina-agudo – utilizado para a análise da fase aguda do status epilepticus – e pilocarpina-crônico – para análise da fase crônica. No grupo de ratos-controle, os procedimentos utilizados foram semelhantes aos realizados com os animais tratados, excetuando-se pela aplicação de solução salina 0,9% em substituição da pilocarpina. Os níveis de expressão gênicas relativos dos genes HCNs foram quantificados pela técnica de PCR em tempo real utilizando o fluoróforo e o SYBR Green.

    Resultados: Em todas as áreas estudadas houve a transcrição de HCN1,2,3 e 4; em ratos-controle e ratos tratados com pilocarpina (agudo e crônico), o transcrito HCN1 apresentou maior expressão relativa; no estudo comparativo entre ratos, houve redução significativa do transcrito HCN1 de ratos tratados com pilocarpina crônico em relação ao grupo-controle em todas as áreas do SNC; e aumento da expressão relativa do transcrito HCN2 em CA1 de ratos tratados com pilocarpina-agudo acompanhado por queda na expressão no grupo crônico.

    Conclusão: Os dados reforçam a ideia de que os canais HCN estejam alterados no nível transcricional em resposta a breves períodos de atividade elétrica neuronal anormal, contribuindo para distúrbios de excitabilidade neuronal, como é típico da epilepsia.


    #

    No conflict of interest has been declared by the author(s).