Administração intracerebroventricular de inibidor do inflamassoma NRLP3 diminui a neuroinflamação após sepse experimental em ratos

Introdução: Os inflamassomas são complexos proteicos que fazem parte da resposta imune inata. Estão presentes no citoplasma celular e são ativados na presença de padrões moleculares associados a patógeno e a dano, agindo na produção de mediadores pró-inflamatórios. Entre os diversos tipos, o NRLP3 é o que vem sendo mais estudado.

Objetivo: Avaliar o efeito do inibidor do inflamassoma NRLP3 (MCC950) sobre o nível de citocinas no hipocampo e córtex pré-frontal de ratos submetidos à sepse polimicrobiana.

Métodos: Ratos Wistar machos (250–350 g) foram submetidos ao modelo de sepse por CLP, com animais sham como controle. Divididos em sham+salina, CLP+salina, e CLP com MCC950 em diferentes doses (1,4, 14 e 140 ng/kg via intrecerebroventricular com auxilio de aparelho estereotaxico imediatamente após CLP), n = 10 por grupo. O hipocampo e córtex pré-frontal foram removidos 24 h após a cirurgia, para análise de TNF-α, IL-1β, IL-6 e IL-10. Os dados foram avaliados por ANOVA de uma via com teste de Tukey.

Resultados: No hipocampo para os níveis de TNF-α, IL-1β, IL-6 e IL-10, houve um aumento dos níveis no grupo CLP+salina com diminuição com tratamento com MCC950 na dose de 140 ng/kg. Para as análises no córtex pré-frontal, foi verificado um aumento na concentração de IL-1β em CLP+salina com diminuição com MCC950 nas doses de 14 e 140 ng/kg enquanto que para as outras citocinas, MCC950 não foi efetivo em reverter as alterações de seus níveis.

Conclusão: A ativação de NRLP3 esta associada ao aumento dos níveis de citocinas no cérebro de ratos submetidos à sepse polimicrobiana.

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