Monitoração intraoperatória de nervo óptico na ressecção de neoplasia de plano esfenoidal: relato de caso

O envolvimento de nervos ópticos em lesões localizadas em plano esfenoidal ou para clinóidea é comum. A manipulação cirúrgica do nervo óptico é, por vezes, realizada de forma constante e pode trazer como consequência alteração no campo visual que pode ser reversível ou definitivo. A monitoração eletrofisiológica intraoperatória de nervos com função motora ou sensitiva é bem conhecida e difundida no meio neurocirúrgico, mas a monitoração intraoperatória do nervo óptico durante o procedimento cirúrgico ainda é pouco usada e pode fornecer informações sobre alterações decorrentes da manipulação do mesmo. Iremos relatar um caso de monitoração de nervo óptico durante a ressecção de um meningeoma de plano esfenoidal sendo possível a ressecção da neoplasia com segurança e sem dano ao campo visual. Trata-se de paciente de 58 anos, gênero feminino, que apresentou crise convulsiva tônico-clônica generalizada sendo diagnosticadas em ressonância magnética de crânio lesões parietal esquerda, frontal direita e de plano esfenoidal. Na ocasião foi optado por abordar as lesões parietal e frontal cujo anatomopatológico foi de meningeoma meningotelial. Durante o seguimento clínico, a paciente iniciou quadro de escotomas. Após realização de campimetria que se mostrou normal foi proposto tratamento cirúrgico da lesão de plano esfenoidal que estava em contato com nervo óptico direito e esquerdo. Realizada ressecção da neoplasia com monitoração eletrofisiológica intraoperatória de nervos ópticos que não mostrou alterações no peri e intraoperatório. No pós-operatório não houve comprometimento visual. Apesar de ter realizado em um caso podemos dizer que a monitoração do nervo óptico é útil e traz segurança no tratamento cirúrgico de lesões que necessitem de sua manipulação.

Die Autoren geben an, dass kein Interessenkonflikt besteht.