CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672832
E-Poster – Oncology
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Uma análise epidemiológica de gliomas operados em hospital de referência em combate ao câncer na Paraíba nos últimos 4 anos

João Pedro Santos Albuquerque
1   Universidade Federal da Paraíba
,
Rodrigo Marmo da Costa e Souza
2   Faculdade de Ciências Médicas
,
Anna Beatriz Temoteo Delgado
2   Faculdade de Ciências Médicas
,
Caio César Vaz Lacet Gondim
3   Centro Universitário de João Pessoa
,
Débora Costa Marques
2   Faculdade de Ciências Médicas
,
Diego Pereira de Melo Oliveira
2   Faculdade de Ciências Médicas
,
Inaê Carolline Silveira da Silva
1   Universidade Federal da Paraíba
,
Pedro Hugo Vieira da Silva
2   Faculdade de Ciências Médicas
,
Victor Ribeiro Xavier Costa
2   Faculdade de Ciências Médicas
,
Vinicius Paiva Cândido dos Santos
2   Faculdade de Ciências Médicas
,
Marcos Alexandre da Franca Pereira
1   Universidade Federal da Paraíba
,
Maurus Marques de Almeida Holanda
1   Universidade Federal da Paraíba
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 
 

    Introdução: Gliomas compõem o grupo mais comum de tumores cerebrais primários, sendo representados por astrocitomas, oligodendrogliomas e ependimomas. Astrocitomas ocorrem em qualquer região do neuroeixo e são classificados pela OMS entre graus: I, ou localizado; II, difuso; III, anaplásico; IV, glioblastoma. Os infiltrantes (II, III e IV) respondem por 80% dos tumores primários e apresentam-se clinicamente por cefaleia, convulsões e déficit focal relacionado ao local de acometimento, com pior prognóstico quanto maior o grau. Oligodendrogliomas são gliomas infiltrantes e representam de 5 a 15% destes, sendo mais comuns entre a 5a e 6a décadas de vida.

    Objetivo: Realizar análise epidemiológica de gliomas operados em hospital de combate ao câncer de referência da Paraíba, destacando a distribuição entre os tipos histológicos, proporção entre sexos e faixa etária de acometimento.

    Método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e observacional, baseado em análise de prontuários de 177 pacientes neurocirúrgicos operados em hospital de combate ao câncer na Paraíba no período de agosto de 2015 a abril de 2018. Os pacientes foram selecionados de acordo com os critérios de inclusão: operados no serviço de neurocirurgia entre agosto de 2015 e abril de 2018, portadores de gliomas comprovados em análise anatomopatológica. Os prontuários excluídos foram de pacientes portadores de tumores metastáticos, demais tumores primários ou outras lesões em SNC.

    Resultados: Foram operados 33 (18,64%) pacientes por gliomas, com proporção aproximada entre os sexos de 4:3, dos quais 19 pacientes eram masculinos (57,58%) e 14 femininos (42,42%). A idade média foi de 52,12 anos, com mediana de 53 anos e desvio-padrão de 15,44 anos. Entre os gliomas, 17 (51,51%) eram glioblastomas, 1 (3,03%) oligoastrocitoma, 3 (9,09%) oligodendrogliomas anaplásicos e 12 (36,36%) astrocitomas, dos quais 2 (6,06%) localizados, 7 (21,21%) difusos e 3 (9,09%) anaplásicos.

    Conclusão: Os dados encontrados corroboram o disponível em literatura, que afirma haver maior predomínio de gliomas infiltrantes, bem como pacientes de maior idade.


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