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DOI: 10.1055/s-0038-1672832
Uma análise epidemiológica de gliomas operados em hospital de referência em combate ao câncer na Paraíba nos últimos 4 anos
Publication History
Publication Date:
06 September 2018 (online)
Introdução: Gliomas compõem o grupo mais comum de tumores cerebrais primários, sendo representados por astrocitomas, oligodendrogliomas e ependimomas. Astrocitomas ocorrem em qualquer região do neuroeixo e são classificados pela OMS entre graus: I, ou localizado; II, difuso; III, anaplásico; IV, glioblastoma. Os infiltrantes (II, III e IV) respondem por 80% dos tumores primários e apresentam-se clinicamente por cefaleia, convulsões e déficit focal relacionado ao local de acometimento, com pior prognóstico quanto maior o grau. Oligodendrogliomas são gliomas infiltrantes e representam de 5 a 15% destes, sendo mais comuns entre a 5a e 6a décadas de vida.
Objetivo: Realizar análise epidemiológica de gliomas operados em hospital de combate ao câncer de referência da Paraíba, destacando a distribuição entre os tipos histológicos, proporção entre sexos e faixa etária de acometimento.
Método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e observacional, baseado em análise de prontuários de 177 pacientes neurocirúrgicos operados em hospital de combate ao câncer na Paraíba no período de agosto de 2015 a abril de 2018. Os pacientes foram selecionados de acordo com os critérios de inclusão: operados no serviço de neurocirurgia entre agosto de 2015 e abril de 2018, portadores de gliomas comprovados em análise anatomopatológica. Os prontuários excluídos foram de pacientes portadores de tumores metastáticos, demais tumores primários ou outras lesões em SNC.
Resultados: Foram operados 33 (18,64%) pacientes por gliomas, com proporção aproximada entre os sexos de 4:3, dos quais 19 pacientes eram masculinos (57,58%) e 14 femininos (42,42%). A idade média foi de 52,12 anos, com mediana de 53 anos e desvio-padrão de 15,44 anos. Entre os gliomas, 17 (51,51%) eram glioblastomas, 1 (3,03%) oligoastrocitoma, 3 (9,09%) oligodendrogliomas anaplásicos e 12 (36,36%) astrocitomas, dos quais 2 (6,06%) localizados, 7 (21,21%) difusos e 3 (9,09%) anaplásicos.
Conclusão: Os dados encontrados corroboram o disponível em literatura, que afirma haver maior predomínio de gliomas infiltrantes, bem como pacientes de maior idade.
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