CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672871
E-Poster – Oncology
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Perfil epidemiológico, histológico e hormonal dos meningiomas

Marcelo de Azevedo Silva Filho
1   Santa Casa de Misericórdia de BH
,
Breno Bezerra Arruda Câmara
1   Santa Casa de Misericórdia de BH
,
Pedro Henrique Piauilino Benvindo Ferreira
1   Santa Casa de Misericórdia de BH
,
Tancredo Alcântara Ferreira Júnior
1   Santa Casa de Misericórdia de BH
,
Henrique Moura Braga
1   Santa Casa de Misericórdia de BH
,
Vanessa Alves Lobato
1   Santa Casa de Misericórdia de BH
,
Renato Rinco Fontoura
1   Santa Casa de Misericórdia de BH
,
Marcos Antonio Dellaretti Filho
1   Santa Casa de Misericórdia de BH
› Author Affiliations
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Publication Date:
06 September 2018 (online)

 
 

    Introdução: Os meningiomas são os tumores primários do sistema nervoso central mais prevalentes. Mais frequentes nas mulheres, podem apresentar receptores de hormônios sexuais e ter sua evolução clínica influenciada por esses hormônios.

    Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico, distribuição histológica e imuno-histoquímica, incluindo o perfil hormonal, comparando dados com a literatura pertinente.

    Método: Análise retrospectiva de 106 meningiomas intracranianos identificando sua distribuição por sexo, idade, localização, subtipo histológico e presença de MIB-1 e receptores de progesterona e/ou estrogênio na imuno-histoquímica.

    Resultados: Dos 106 casos, 78 eram mulheres (73,59%) e 28 homens (26,41%). A idade média ao diagnóstico foi 54,6 anos, sendo de 57,3 nos homens e 53,65 nas mulheres, com idade mínima de 13 e máxima de 84 anos. Em relação à distribuição histológica, 53 (50%) foram meningoteliais, 26 (24,5%) transicionais, 8 (7,5%) fibrosos, 5 atípicos (4,7%), 4 (3,7%) psamomatosos, 3 (2,8%) microcísticos, 2 (1,8%) secretórios, 1 (0,9%) angiomatoso e 1 (0,9%) metaplásico, 3 (2,8%) sem subtipo histopatológico definido. Quanto à localização, 82,2% eram supratentoriais e 17,8% infratentoriais, sendo que 30% das lesões eram da convexidade cerebral, 14,4% esfenoidais, 7,7% parafalcinos, 6,6% da goteira olfatória, 6,6% do tubérculo selar, 5,5% frontobasais, 5,5% do ângulo pontocerebelar, 5,5% tentoriais, 4,4% do seio cavernoso, 3,3% petroclivais, 3,3% do forame magno, 3,3% na fossa temporal, 1,1% na fossa posterior, 1,1% no plano esfenoidal e 1,1% na órbita. 76% apresentaram KI-67 ≤ 5%, 14% tiveram resultado entre 6–10%, 5% das lesões tinham KI-67 entre 11–15%, 1% entre 16–20% e 1% com KI-67 entre 21–30%, 3% não tiveram KI-67 documentado no laudo. 88% dos casos apresentaram positividade para progesterona e apenas 5% para estrogênio.

    Conclusão: Alguns trabalhos mostram que a presença de receptores hormonais é mais prevalente em lesões benignas e podem apresentar estímulo trófico sobre os tumores em casos de reposição hormonal na menopausa ou processo transexualizador e na gestação. Conhecer o perfil epidemiológico, histológico e imuno-histoquímico poderemos entender melhor seu comportamento como na gestação e reposição hormonal na menopausa e no processo transexualizador.


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    No conflict of interest has been declared by the author(s).