CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672911
E-Poster – Oncology
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Neurinomas extradurais gigantes de segmento C2 e segmento T12–L1 – relato de caso

Rodrigo Coimbra de Gusmão
1   Assistência Neurológica
,
Daniel de Carvalho Kirchhoff
1   Assistência Neurológica
,
Lorenza Pereira
1   Assistência Neurológica
,
Dierk Fritz Bodo kirchhoff
1   Assistência Neurológica
,
Albert Adebayo Olwagbemiga Lewis
1   Assistência Neurológica
,
Georgia Karinelly Salomao
1   Assistência Neurológica
› Author Affiliations
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 
 

    Introdução: Neurinomas espinhais são tumores correspondem a 30% dos tumores espinhais. Estão comumente associados neurofibromatose. Provavelmente pelo seu crescimento lento, os sintomas demoram a surgir e evoluem lentamente. Por isso mesmo que o tempo entre o inicio dos sintomas e o diagnóstico definitivo é muitas vezes bastante longo, na literatura revista de 5 meses a 6 anos. O tratamento é sempre cirúrgico, levando-se em conta as peculiaridades da região.

    Método: Neste trabalho, descrevemos 2 casos distintos de Neurinoma gigante, sendo um do segundo segmento cervical e o segundo englobando os segmentos T12 e L1. Em ambos os casos, os pacientes demoraram de 2 a 3 anos para terem o diagnóstico definitivo de neurinoma, atrasando a abordagem cirúrgica, permitindo o agravamento dos sintomas. Na literatura, a análise dos casos mostra que a maioria dos schwannomas cervicais altos ocorre em ampulheta e intradurais. Devido às proporções do tumor e consequentemente, sua usura óssea, a RNM parecia mostrar tratar-se de um tumor em ampulheta. Esta situação só foi esclarecida durante a cirurgia.

    Resultados: Na abertura da dura-máter, verifica-se que nos dois casos não havia comprometimento intradural. A técnica cirúrgica consiste na abordagem e na ressecção tumoral, com preservação da medula e da artéria vertebral (no caso da lesão cervical). Também é importante a preservação da articulação, para evitar problemas de estabilidade no futuro.

    Conclusão: Os casos relatados diferem dos demais por se apresentarem exclusivamente extradurais com envolvimento da articulação intervertebral. Tendo isso em vista, evidentemente a tática e a técnica cirúrgicas foram diferentes do habitual, nem por isso deixou-se de ressecar totalmente o tumor.


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