CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672951
E-Poster – Pediatrics
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Biópsia estereotáxica pediátrica: importância no diagnóstico histopatológico de astrocitoma

Bruno Henique Dallo Gallo
1   Pontifícia Universidade Católica do Paraná
2   Serviço de Neurocirurgia do Hospital Universitário Cajuru
,
Carlos Alberto Mattozo
1   Pontifícia Universidade Católica do Paraná
2   Serviço de Neurocirurgia do Hospital Universitário Cajuru
,
Luana Bandeira Rocha
1   Pontifícia Universidade Católica do Paraná
2   Serviço de Neurocirurgia do Hospital Universitário Cajuru
,
Adriano Keijiro Maeda
1   Pontifícia Universidade Católica do Paraná
2   Serviço de Neurocirurgia do Hospital Universitário Cajuru
,
Alexandre N. Francisco
1   Pontifícia Universidade Católica do Paraná
2   Serviço de Neurocirurgia do Hospital Universitário Cajuru
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 
 

    Introdução: Paciente masculino, 6 anos, iniciou seguimento neurológico devido a quadro de déficit de aprendizado, durante rotina de investigação com exames de imagem, a ressonância magnética de crânio mostrou lesão expansiva (cerca de 1,5 cm de diâmetro) localizada entre o pedúnculo cerebelar médio e a ponte. Como a lesão apresentava captação de contraste e era sugestiva de neoplasia glial, optou-se por prosseguir com seguimento de imagem. Após seis meses, devido ao aumento do tamanho da lesão (aproximadamente 1 mm), optou-se por realizar biópsia estereotáxica guiada por imagem. À tomografia não foi possível a visualização da lesão, impossibiltando a utilização de técnicas estereotáxicas baseadas apenas em exames tomográficos.

    Método: Para a realização do procedimento, utilizou-se o sistema Leksell com técnica de fusão de imagens, exame volumétrico de tomografia e ressonância magnética do crânio. A fixação do aro estereotáxico foi feita de maneira a expor a fossa posterior, optando-se pela técnica transcerebelar. O procedimento ocorreu sem intercorrências e o laudo anatomopatológico foi compatível com astrocitoma pilocítico. A biópsia estereotáxica é um procedimento seguro e eficaz, com baixo índice de complicações, o que a torna indicada para o diagnóstico histopatológico de lesões expansivas intracranianas de difícil acesso a ressecção cirúrgica direta. Por ser um método muito pouco invasivo e ter um alto grau de precisão do alvo (entre 1–2 mm), graças às modernas tecnologias de exame de imagem, tem um grande potencial para a neurocirurgia pediátrica, sendo que, astroctiomas pilocíticos são as lesões mais frequentes encontradas a partir de estereotaxias pediátricas. A escolha da técnica transcerebelar se faz por ter a vantagem de ter uma trajetória mais curta, possuir altas taxas de acurácia diagnóstica e de complicações muito similares às da técnica transfrontal.

    Conclusão: Conclui-se, então, que a biópsia estereotática guiada por imagem na pediatria constitui-se de uma ferramenta de extrema importância no diagnóstico histopatológico de astrocitomas, uma vez que possui uma taxa de diagnóstico muito alta e taxas de complicação mínimas.


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