CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1673090
E-Poster – Trauma
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Versão brasileira do inventário de sintomas neurocomportamentais (NSI-Br)

Robson Luis Oliveira De Amorim
1   HCFMUSP
2   Université du Québec à Tróis-Revières
,
Marcia Mitie Nagumo
1   HCFMUSP
2   Université du Québec à Tróis-Revières
,
Renata Eloah de Lucena Ferretti-Rebustini
1   HCFMUSP
2   Université du Québec à Tróis-Revières
,
Marcos Alencar Abaide Balbinotti
1   HCFMUSP
2   Université du Québec à Tróis-Revières
,
Manoel Jacobsen Teixeira
1   HCFMUSP
2   Université du Québec à Tróis-Revières
,
Wellingson Silva Paiva
1   HCFMUSP
2   Université du Québec à Tróis-Revières
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 
 

    Introdução: Indivíduos vítimas de traumatismo cranioencefálico (TCE) frequentemente apresentam múltiplos sintomas (sintomas pós concussionais), que são manifestações somáticas, cognitivas, sensório-perceptivas, emocionais ou comportamentais. No Brasil, não existem instrumentos disponíveis para avaliar os sintomas pós concussionais e diagnosticar a Síndrome Pós Concussional.

    Objetivos: Descrever sobre o processo de adaptação transcultural (ATC) do instrumento Neurobehavioral Symptom Inventory para a língua portuguesa falada no Brasil.

    Método: Após a autorização dos autores da escala para realizar o processo de ATC e utilização do instrumento no Brasil, deu-se início aos cinco passos do processo de adaptação transcultural: (1) tradução, (2) síntese das traduções, (3) retrotradução, (4) comitê de especialistas e (5) pré-teste.

    Resultados: Os 22 itens da versão original da escala foram traduzidos para a língua portuguesa do Brasil. A versão traduzida passou por duas rodadas de avaliação por comitê de especialistas diferentes, a partir das quais os itens com desempenho insatisfatório foram modificados. O índice de validade de conteúdo para itens foi ≥ 0,78. Na avaliação a clareza, relevância, pertinência e dimensionalidade dos itens realizada pelo segundo CE foram obtidos valores de coeficiente de validade de conteúdo total superiores a 0,82. O pré-teste foi realizado com 30 indivíduos da população alvo. A idade média dos participantes foi de 53 anos (DP=17,5), sexo masculino (56%), raça branca (77%), casados (53%), com ensino médio completo (40%), quedas como principal mecanismo de trauma (63%) e predominância de TCE leve (83%). Após a aplicação foi evidenciado a necessidade de realizar algumas modificações de palavras como “paladar”, “olfato”, “náusea”, “sensibilidade a luz” foram modificadas para “sabor”, “cheiro”, “enjoo” e “claridade incomoda”, respectivamente. A versão brasileira do instrumento apresentou evidência de boa compreensão de seu conteúdo, atestada tanto por especialistas como por membros da população alvo.

    Conclusão: O processo de ATC foi realizado satisfatoriamente e a versão brasileira do Inventário de Sintomas Neurocomportamentais apresenta equivalência semântica e cultura com a versão original. A escala necessita ser submetida para análises psicométricas avançadas, já em andamento pelos pesquisadores.


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