CC BY-NC-ND 4.0 · Journal of Coloproctology 2021; 41(S 01): S1-S235
DOI: 10.1055/s-0041-1741680
CÂNCER COLORRETAL
Trabalho Científico
ID: 16641

Colonoscopia Abaixo dos 50 anos, Vale a Pena?

A. L. Muxfeldt Klais
1   Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, Curitiba, Paraná, Brasil
,
E. Endo
1   Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, Curitiba, Paraná, Brasil
,
A. S. Brenner
1   Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, Curitiba, Paraná, Brasil
,
H. L. Invitti
1   Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, Curitiba, Paraná, Brasil
,
A. H.B.G. Vieira
1   Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, Curitiba, Paraná, Brasil
,
R. G. Prosdocimo
1   Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, Curitiba, Paraná, Brasil
,
G. L.O. De Toledo
1   Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, Curitiba, Paraná, Brasil
› Author Affiliations
 
 
    • Área: CÂNCER COLORRETAL

    • Data: 02/09/2021

    • Horário: 08:00 às 09:30

    • Sala: Sala Prof. José Hyppólito da Silva

    Forma de Apresentação: e-Pôster

    Objetivo: Direcionar o rastreio do câncer colorretal (CCR) para uma faixa etária mais próxima do ideal de acordo com a incidência de lesões neoplásicas e pré-neoplásicas, através do levantamento e avaliação de dados epidemiológicos.

    Método: Estudo observacional, transversal e retrospectivo. Coletados e avaliados dados de prontuários de pacientes de 45 a 50 anos submetidos a colonoscopia entre janeiro de 2013 e dezembro de 2020 no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie de Curitiba. Exames avaliados: laudos de colonoscopia e anatomopatológicos. Foram excluídos pacientes com diagnóstico prévio de câncer colorretal, polipose adenomatosa familiar e doença inflamatória intestinal.

    Resultados: Foram selecionados 331 pacientes, 197 do sexo feminino e 129 masculinos. A idade média foi de 47 anos e 3 meses. Histórico familiar de pólipos e neoplasia em 3,3%. Com relação ao preparo intestinal, em 86% dos casos foram obtidos exames em boas ou regulares condições. Em 23,6% dos exames foram encontrados pólipos, 60% destes com apenas um pólipo, 25,3% com dois e 5,3% apresentavam 3 pólipos, mais de 3 pólipos somam 9,3% da amostra. Dos pacientes com pólipos, 20% eram maiores que 10 mm. Histologicamente foram classificados: 32% como adenomas tubulares, 0,9% adenoma viloso, 15% adenomas túbulo-vilosos, 44,2% hiperplásicos e 6,7% adenomas serrilhados. Displasia de alto grau foi encontrada em 12 amostras. Em 14 exames foram encontradas lesões neoplásicas, sendo elas 1 em cólon ascendente, 2 em transverso, 7 em esquerdo e 4 no reto. Realizada comparação estatística da prevalência de lesões neoplásicas e pré neoplásicas em cólon direito (ascendente e transverso) versus cólon esquerdo e reto, bem como prevalência dos subtipos histológicos. Houve relevância estatística apenas no tipo histológico tubular com proporção maior para cólon direito com valor de relevância de 0,016; dado em desacordo com a literatura que indica uma maior prevalência de lesões mais distais na população mais jovem.

    Conclusões: A incidência de lesões neoplásicas e pré-neoplásicas em pacientes entre 45 e 50 anos tende a ser semelhante à da população acima dos 50 anos. Portanto, é importante que mais estudos epidemiológicos sejam realizados com a intenção de adequar os protocolos de rastreamento de CCR. Com isso, poderíamos indicar o início do rastreamento aos 45 anos caso essas análises apresentem resultados que corroborem o presente estudo.


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    No conflict of interest has been declared by the author(s).

    Publication History

    Article published online:
    04 January 2022

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