CC BY-NC-ND 4.0 · Journal of Coloproctology 2022; 42(S 01): S1-S219
DOI: 10.1055/s-0043-1764960
Doença Inflamatória Intestinal
ID – 114213
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A IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO MINIMAMENTE INVASIVO NA DOENÇA DE CROHN

Mariana Maiolino de Oival
1   Hospital Universitário Pedro Ernesto, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, (Hupe-Uerj), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Paulo Cesar de Castro Junior
1   Hospital Universitário Pedro Ernesto, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, (Hupe-Uerj), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Luisa de Rezende Cecilio Fares
1   Hospital Universitário Pedro Ernesto, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, (Hupe-Uerj), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Flavia Apelbaum
1   Hospital Universitário Pedro Ernesto, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, (Hupe-Uerj), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Anna Caroline Coutinho das Neves
1   Hospital Universitário Pedro Ernesto, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, (Hupe-Uerj), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Leonardo Machado de Castro
1   Hospital Universitário Pedro Ernesto, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, (Hupe-Uerj), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Rodrigo Rego Lins
1   Hospital Universitário Pedro Ernesto, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, (Hupe-Uerj), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Patrick Dargains Medrado
1   Hospital Universitário Pedro Ernesto, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, (Hupe-Uerj), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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    Apresentação do Caso Uma paciente, de 14 anos, portadora de doença de Crohn (DC) de acometimento ileal e perianal, em uso de azatioprina 100 mg/dia, infliximabe 225 mg/dia, e prednisona 60 mg/dia foi internada com atividade de doença ileal refratária à imunossupressão. Apesar do bom estado clínico, houve piora dos parâmetros inflamatórios e infecciosos, momento no qual optou-se por tratamento cirúrgico. Foi realizada laparoscopia exploradora, na qual foi identificada perfuração no íleo terminal parcialmente bloqueada por alças de delgado. Então, realizou-se ileotiflectomia + ileostomia terminal totalmente videolaparoscópica, e a paciente obteve ótima resposta no pós-operatório.

    Discussão: A DC é uma doença ainda sem cura. Muitas vezes, suas manifestações se iniciam antes da idade adulta e a maioria dos pacientes precisarão de múltiplas abordagens cirúrgicas ao longo da vida, grande parte delas no cenário de urgência. Nesse contexto, a laparoscopia mostra-se de grande importância, e apresenta benefícios múltiplos. No caso da paciente em questão, principalmente por ser muito jovem, a via laparoscópica permite facilitar futuros acessos cirúrgicos que se fizerem necessários por gerar menor manipulação local e preservar a parede abdominal. É também de extrema importância pensarmos no aspecto socioeconômico e estético da jovem paciente. A laparoscopia gera menores complicações agudas no pós-operatório, como infecção de ferida operatória e deiscência de aponeurose. Além disso, resulta em menor tempo de internação, menos gastos com curativo e com consultas de revisão, bem como possibilita o retorno mais rápido às atividades, principalmente atividades físicas e escolares. Há ainda vantagens a serem consideradas em longo prazo, como cicatrizes de menor impacto estético e redução de chances de complicações tardias, tais quais dor crônica e o índice de formação de bridas e de hérnias.

    Considerações Finais A laparoscopia é um grande aliado do cirurgião e cada vez mais ganha espaço no contexto da urgência e emergência na DC. Suas vantagens são múltiplas, e permite melhores chances de recuperação do paciente. No entanto, é um procedimento com uma curva longa de aprendizado e que demanda condições estruturais mínimas para ser realizado. Portanto, a escolha da via de acesso cirúrgica deve ser sempre individualizada, levando em consideração a experiência do cirurgião e as condições disponíveis no momento.


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    Publication History

    Article published online:
    16 March 2023

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