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DOI: 10.1055/s-0044-1780941
RESSECÇÃO LAPAROSCÓPICA DE TUMOR NEUROENDÓCRINO DE ÍLEO TERMINAL COM ANASTOMOSE INTRACORPÓREA: RELATO DE CASO
sabrina.boudoux@gmail.com
Apresentação do Caso Um paciente do sexo masculino, de 46 anos, sem comorbidades, assintomático, realizou colonoscopia de rastreamento, que evidenciou tumoração arredondada no íleo terminal, a cerca de 10 cm da válvula ileocecal, que media cerca de 6 cm, com superfície rugosa, e ocupava 25% da luz. Realizou-se uma biópsia com anatomopatológico compatível com tumor neuroendócrino bem diferenciado, sem atividade mitótica, com baixo grau histológico (G1: carcinoide). Realizou-se estadiamento oncológico, e evidenciou-se tromboembolismo pulmonar subsegmentar em uma TC de tórax; e uma TC de abdome evidenciou lesão de 2,5 cm no íleo terminal, a 4 cm da válvula ileocecal, sem linfonodomegalias. Um PET scan com análogo de somatostatina demonstrou aumento da expressão molecular na válvula ileocecal de 1,6 cm, assim como área hipercaptante na gordura mesentérica do flanco direito, adjacente à lesão, que media 0,8 cm. O paciente foi submetido a hemicolectomia direita, enterectomia e linfadenectomia retroperitoneal videolaparoscópica com anastomose intracorpórea com grampeador laparoscópico de 60 mm e sutura manual com fio farpado em toda a extensão da anastomose. A sutura laparoscópica foi realizada na face posterior da anastomose, seguida de grampeamento interalças, sutura na face anterior e da brecha de anastomose ileocolônica, assim como fechamento de brecha de mesentério. Houve identificação de dois linfonodos maiores em locais descritos pelo PET scan, os quais foram sinalizados em peça anatômica e enviados para análise anatomopatológica. O paciente teve alta hospitalar no terceiro dia de pós-operatório, com o trânsito intestinal reestabelecido.
Discussão O tumor neuroendócrino é uma entidade que incide em até 28% dos casos no íleo terminal. Sua ressecção com anastomose intracorpórea é segura e possibilita a redução do trauma cirúrgico, da dor pós-operatória e do tempo de internação. A qualidade da sutura manual intracorpórea, após o grampeamento interalças, depende da habilidade do cirurgião colorretal, e a disponibilidade de grampeadores de alta qualidade e fios farpados é crucial no desfecho da anastomose.
Comentários Finais Em se tratar de cólon direito e ileotransversoanastomose, a realização extracorpórea é segura, e segue sendo a mais realizada ainda hoje. A possibilidade de realizá-la de forma laparoscópica e com reforço mediante sutura traz benefícios ao paciente, e deve se tornar a forma padrão de executar este procedimento.
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No conflict of interest has been declared by the author(s).
Publication History
Article published online:
27 February 2024
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