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DOI: 10.1055/s-0044-1781094
USO DA ULTRASSONOGRAFIA TRANSLABIAL EM PACIENTES CONSTIPADOS EM HOSPITAL PÚBLICO DE CAMPINAS
safira.azevedo@yahoo.com.br
Introdução A constipação intestinal é caracterizada por dificuldade constante ou eventual na eliminação das fezes. É um sintoma prevalente na população, sendo relatado com maior frequência em mulheres. A manometria anorretal pode evidenciar sinais indiretos de contração paradoxal do puborretal, e o ultrassom translabial nos dá informações anatômicas quanto às lesões musculares e à dificuldade de relaxamento da musculatura durante o esforço evacuatório, corroborando o diagnóstico de constipação por disfunção do assoalho pélvico.
Objetivo Demonstrar a avaliação funcional e anatômica com o uso de ultrassonografia translabial em pacientes constipados refratários ao tratamento clínico.
Materiais e Métodos Pacientes constipados refratários ao tratamento clínico foram avaliados por ultrassonografia translabial com probe convexo após a introdução de gel, conforme a quantificação de desejo evacuatório evidenciado em manometria anorretal prévia. Foi observada imagem em esforço evacuatório e avaliado relaxamento de musculatura puborretal por meio indireto de retificação da imagem do reto e eliminação do gel via retal com o uso de ultrassonografia.
Resultados Foram avaliadas 10 pacientes com queixa de constipação intestinal, que foram submetidas a manometria anorretal e ultrassonografia translabial. Em todos os exames, foram observados sem dificuldades a sínfise púbica, a uretra, a bexiga, a vagina, o útero, o canal anal, o reto e o músculo puborretal. Foram identificadas lesões anatômicas em três das pacientes (lesão de esfincter externo, enterocele e retocele). Em três delas foram observadas abertura do ângulo anorretal e retificação do reto com eliminação do gel.
Conclusão A ultrassonografia translabial com probe convexo nos fornece informações adicionais sobre a patologia do paciente, sendo possível identificar com boa precisão as estruturas anatômicas, bem como seus defeitos. Além disso, apresenta a grande vantagem de se obter imagens dinâmicas por meio da simulação do esforço evacuatório pelo paciente. Trata-se de um exame não invasivo, que pode ser realizado pelo coloproctologista, e nos dá informações dos três compartimentos pélvicos e da musculatura do assoalho pélvico, o que pode contribuir para a melhor definição do tratamento.
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Publication History
Article published online:
27 February 2024
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