CC BY-NC-ND 4.0 · Journal of Coloproctology 2023; 43(S 01): S1-S270
DOI: 10.1055/s-0044-1781116
Modalidade de apresentação: Pôster Eletrônico
Doenças Anorretais

ABORDAGEM DE FÍSTULA PERIANAL COM COLEÇÃO PARAVESICAL

Anna Caroline Coutinho das Neves
1   Hospital Universitário Pedro Ernesto, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Hupe/Uerj), Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
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Paulo César de Castro Júnior
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Leonardo Machado de Castro
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Rodrigo Rego Lins
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Mariana Maiolino de Olival
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Juliana Chaves Brandão
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Rodrigo Rocha Rodrigues
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Patrick Dargains Medrado
› Author Affiliations
 
 

    accoutinhon@gmail.com

    Apresentação do Caso Relatamos o caso de um paciente do sexo masculino, de 71 anos, submetido a nefrectomia direita em 2015 e prostatectomia radical convencional em 2018. Em 2021, evoluiu com fístula perianal complexa à direita, com orifício externo na posição de 9 horas, distando cerca de 5 cm da margem anal e com saída de grande quantidade de secreção purulenta. Em novembro de 2021, foi examinado sob narcose com posicionamento de sedenho cortante. No entanto, manteve drenagem importante, e foi reabordado em maio de 2022, quando optou-se por avanço miomucoso com fechamento do orifício interno e desbridamento do externo. Porém, manteve secreção em grande quantidade por orifício externo, e evoluiu com pequena deformidade cutânea na região perianal à direita. Uma ressonância magnética evidenciou fístula com orifício primário às 6 horas e componente na fossa isquioanal direita com trajeto transelevador, que formava volumosa coleção na pelve, compatível com abscesso; O resultado da colonoscopia foi normal. Então, realizou-se novo exame sob narcose com cateterização de orifício externo e drenagem de coleção paravesical, em que não se identificou orifício no canal anal. Foi posicionada uma sonda Foley no trajeto e mantida irrigação por 48 horas até não sair mais secreção purulenta. Após um mês da drenagem cirúrgica, houve retorno do débito espontâneo de secreção; optou-se por abordagem ambulatorial com cateterismo do trajeto e lavagem com água oxigenada. Foram realizados três procedimentos ambulatoriais, com diminuição expressiva do débito e melhora da qualidade de vida.

    Discussão As fístulas perianais complexas são um constante desafio. Nesse caso, foi aventada a possibilidade de ser uma complicação de uma cirurgia abdominal prévia devido ao trajeto transelevador e ao abscesso pélvico. Por esse viés, as abordagens clássicas não lograram solucionar por completo o problema. Dessa maneira, precisamos optar por medidas alternativas apesar da carência de relatos na literatura. Inicialmente, a técnica escolhida foi o posicionamento de sonda e irrigação com soro fisiológico. Como o paciente ainda manteve queixas significativas, a escolha da lavagem com água oxigenada foi a melhor opção pela facilidade e menor morbidade. Assim, alcançamos de forma alternativa a melhora dos sintomas.

    Comentários Finais No tratamento de fístulas complexas e persistentes, por vezes necessitamos de múltiplas cirurgias e abordagens diferenciadas. Nessa perspectiva, conseguimos alívio parcial das manifestações com métodos de baixo custo e fácil aquisição.


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    Publication History

    Article published online:
    27 February 2024

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