CC BY-NC-ND 4.0 · Journal of Coloproctology 2023; 43(S 01): S1-S270
DOI: 10.1055/s-0044-1781186
Modalidade de apresentação: Pôster Eletrônico
Enteroscopia, Colonoscopia e Pólipos

CAPNOGRAFIA VOLUMÉTRICA PARA MONITORAÇÃO RESPIRATÓRIA DE PACIENTES SUBMETIDOS A COLONOSCOPIA DIAGNÓSTICA COM INSUFLAÇÃO DE AR COMPRIMIDO E GÁS CARBÔNICO

Michel Gardere Camargo
1   Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas – SP, Brasil.
,
Jose Olympio Meirelles-Santos Ayrizono
,
Mello Moreira Marcos
,
de Oliveira Magro Daniéla
,
Franco Leal Raquel
,
Augusto Real Martinez Carlos
,
Saddy Rodrigues Coy Cláudio
,
de Lourdes Setsuko Maria
› Author Affiliations
 
 

    myxn@me.com

    Introdução A capnografia e a insuflação de gás carbônico (CO2) durante endoscopia digestiva sob sedação estão associadas a maior segurança e conforto do paciente, respectivamente. A capnografia pode detectar precocemente a apneia e a hipoxemia, ao passo que a insuflação de CO2 causa menor desconforto periprocedimento. Relatos da aplicação da capnografia volumétrica em colonoscopias são escassos.

    Objetivo Avaliar o uso de capnografia volumétrica durante colonoscopia diagnóstica com insuflação de ar comprimido e CO2.

    Materiais e Métodos Estudo prospectivo de coorte, em que foram incluídos 101 pacientes submetidos a colonoscopia diagnóstica sob sedação com monitoração respiratória por meio de capnografia volumétrica. Insuflação com ar comprimido foi usada para distender o lúmen intestinal no grupo 1 (n = 51), ao passo que o grupo 2 (n = 50) utilizou CO2 para insuflação. Os objetivos primários foram avaliar episódios de hipóxia, hipoventilação alveolar e CO2 expirado (EtCO2), e os secundários foram avaliar o volume alveolar por minuto, o consumo de sedativos e a dor pós-colonoscopia por meio da Escala de Dor Modificada de Gloucester.

    Resultados O número de episódios de hipóxia (SpO2 < 90%) foi semelhante entre os grupos: 4 episódios no grupo 1 e 2 episódios no grupo 2. A duração da hipóxia foi significativamente maior no grupo 2 (p = 0,02). A hipoventilação alveolar (EtCO2 ≥ 25% do valor basal) ocorreu mais frequentemente no grupo 2 comparado ao grupo 1 (27 versus 18 episódios, respectivamente; p = 0,05). Em relação ao EtCO2, o grupo 2 apresentou valores maiores no momento de aferição cecal comparado ao grupo 1 (28.94±4.68 mmHg versus 26,65±6,12 mmHg, respectivamente; p = 0,04). Quanto ao volume alveolar por minuto, o grupo 2 apresentou valores significativamente menores no momento de aferição cecal quando comparado ao grupo 1 (2027,53±2818,89 L/minuto versus 970,88±1840,25 L/minuto, respectivamente; p = 0,009). Não houve ocorrência de hipercapnia durante o estudo (EtCO2 > 60 mmHg). Não houve diferença em relação ao consumo de sedativos entre os dois grupos. Imediatamente após a colonoscopia, o grupo 2 apresentou significativamente menos dor que o grupo 1 (p= 0,05).

    Conclusão Em nosso estudo, a capnografia volumétrica durante colonoscopia foi factível e eficaz para monitorar parâmetros ventilatórios e detectar complicações respiratórias, e a insuflação com CO2 foi segura e associada a menor dor imediatamente pós-colonoscopia.


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    Publication History

    Article published online:
    27 February 2024

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