CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2007; 26(01): 16-23
DOI: 10.1055/s-0038-1625504
Artigos Originais
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Uso da técnica de tubulização para o reparo de lesões do sistema nervoso periférico

Tubulization techniques for the repair of peripheral nervous system injuries
Thiago da Silva Freitas
,
Leandro Pretto Flores
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Publikationsdatum:
11. Januar 2018 (online)

Resumo

As primeiras cirurgias de nervos periféricos começaram a ser realizadas há mais de 150 anos e precocemente se observou que as suturas término-terminais, quando feitas sob tensão, resultavam em limitados resultados funcionais. A utilização de algum tipo de tecido interposto entre os cotos do nervo traumatizado foi logo idealizada como alternativa e, atualmente, o uso de enxertos neurais autólogos permanece como o “padrão-ouro” para o tratamento de lesões extensas do sistema nervoso periférico. Porém, a técnica apresenta algumas limitações, que resultam em morbidade para o paciente. Esses fatos motivaram o desenvolvimento de materiais alternativos para servir como condutor de enxertos, dando início às pesquisas das técnicas de tubulização. Os tubos biológicos, como veias ou de veias enriquecidas com músculo esquelético, demonstraram resultados favoráveis tanto em estudos clínicos quanto em experimentais. O uso de materiais sintéticos também foi alvo de avaliação, apresentando resultados animadores com os tubos de silicone e de ácido poliglicólico.

Esta revisão objetiva descrever a evolução histórica e os resultados dos ensaios clínicos e experimentais obtidos com as técnicas de tubulização para o tratamento das lesões traumáticas do sistema nervoso periférico.

Abstract

Peripheral nerve surgery remotes to more than 150 years ago, and soon it was observed that termino-terminal sutures performed under tension resulted in poor functional outcomes. The use of some kind of graft tissue interposed between the traumatized nerve stumps was developed to solve these situations, but only in the 70́s Millesi proved the efficacy of autologous nerves as an ideal tissue for grafting. Nowadays, the use of these grafts is the“gold-standard” treatment to severe injuries with long gaps in peripheral nerves, but the technique has some limitations. These limitations motivated the search for alternative tissues as source to sustain the grafting, beginning the development of researches about the tubulization techniques. Biological tubes, as veins or veins filled with skeletal muscles, demonstrated good results in experimental and clinical studies. In selected cases, the use of syntetic tubes – as silicon and poliglycolic acid – has also demonstrated good results.

This review aims to describe the historical evolution and the results of the studies about the different tubulizations techniques used for reconstruction of the peripheral nerves injuries.

1Residente da Unidade de Neurocirurgia do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF).


2Neurocirurgião do Grupo de Cirurgia do Sistema Nervoso Periférico do HBDF.