CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2007; 26(03): 88-92
DOI: 10.1055/s-0038-1625515
Artigos Originais
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Detecção imuno-histoquímica de células apoptóticas em glioblastoma recidivante de paciente tratado com álcool perílico por via inalatória

Immunohistochemical detection of apoptotic cells in a recurrent glioblastoma patient treated with intranasal delivery of perillyl alcohol
Clovis Orlando da Fonseca
,
Hilda Petrs Silva
,
Débora Futuro
,
Leonardo Miguez
,
Janaina Nagel
,
Vinícius Ribas
,
Rafael Linden
,
Gilberto Schwartsmann
,
Cerli Rocha Gattass
,
Thereza Quirico-Santos
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Publication History

Publication Date:
11 January 2018 (online)

Resumo

Introdução: Estudos in vitro mostram que radioterapia e/ou quimioterapia podem ativar as vias de sinalização do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) e Ras, aumentando a resistência cruzada das células de glioblastomas multiformes (GBM) ao tratamento. A inibição das atividades de EGFR e Ras através de inibidores tirosinas cinases elimina o antagonismo observado à administração seqüencial destas modalidades terapêuticas, induzindo apoptose nestas células. Em estudo prévio demonstramos que o tratamento com o álcool perílico (AP), inibidor da farnesilação da Ras, induz apoptose em linhagens celulares e células de explante de GBM. Objetivo: No presente estudo investigamos se a regressão parcial observada em GBM recorrente de paciente tratado com administração intranasal de AP é mediada por apoptose. Resultado: Ensaios com TUNEL (deoxynucleotidyl-mediated deoxyuridine triphosphate) e caspase-3 ativada evidenciaram presença de células apoptóticas nas lâminas de GBM tratado. Conclusão: Esses achados sugerem que estratégias adjuvantes visando à inativação das vias de sinalização do EGFR e Ras podem melhorar tanto a eficácia de terapia isolada como de terapia multimodal em gliomas.

Abstract

Background: In vitro studies demonstrated that both radiation and chemotherapy can activate EGFR and Ras signaling pathways, leading to increased cross-resistance to treatment of GBM cell. Inhibition of either EGFR or Ras activity with tytosine kinase inhibitor appears to abrogate the observed antagonism between sequentially administration of these therapeutic modalities inducing apoptosis in these cells. In a previous study, we demonstrated that in vitro treatment with perillyl alcohol (POH), an inhibitor of Ras farnezilation, induced apoptosis in human GBM cell lines and explants. Objective: In the present study, we investigated if the partial regression observed in a patient with a recurrent GBM after treatment by intranasal delivery of POH, is mediated by apoptosis. Result: Data from classical histology, terminal deoxynucleotidyl-mediated deoxyuridine triphosphate nick-end labeling (TUNEL) assay, as well as activation of caspase 3, showed increased apoptosis in the treated tumor. Conclusion: These findings suggest that strategies to inactivate EGFR and RAS signaling may be critical to improving not only the efficacy of single-agent therapy but also of multimodal therapy in gliomas.

1Professor Adjunto de Neurocirurgia do Hospital Universitário Antônio Pedro da Universidade Federal Fluminense.


2Doutora do Laboratório de Neurogênese do Instituto de Biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro.


3Professora Adjunta da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal Fluminense.


4Neurocirurgião do Hospital Estadual Getúlio Vargas, RJ.


5Patologista do Hospital Estadual Getúlio Vargas, RJ.


6Pós-graduando do Laboratório de Neurogênese do Instituto de Biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro.


7Professor Titular do Laboratório de Neurogênese do Instituto de Biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro.


8Professor Pesquisador do Serviço de Oncologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS).


9Professora Adjunta do Laboratório de Imunologia Celular do Instituto de Biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro.


10Professora Titular do Departamento de Biologia Celular e Molecular do Instituto de Biologia da Universidade Federal Fluminense.