CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2009; 28(03): 114-117
DOI: 10.1055/s-0038-1625567
Artigos Originais

Glioblastoma multiforme e infecção pelo HIV — Associação coincidente ou possível influência oncogênica?: Relato de caso

Glioblastoma multiforme and Acquired Immunodeficiency Syndrome. Coincidental association or a possible oncogenic influence? Case report
Newton José Godoy Pimenta
,
Pierre Kherli
,
Lorena Barcala Reis
,
Elsa Lidzborski

Resumo

Contexto: O glioblastoma multiforme é o tumor cerebral primário glial mais maligno em adultos e de alta incidência dentre os tipos de astrocitomas, mas geralmente não é incluído no diagnóstico diferencial das lesões do sistema nervoso central em pacientes com o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Alguns estudos têm descrito a associação entre glioblastoma e HIV. Relato do caso: Trata-se de glioblastoma em um homem de 31 anos de idade com HIV. Outras possíveis lesões, como o linfoma, foram sugeridas como diagnóstico diferencial, mas a investigação histopatológica confirmou tratar-se de glioblastoma. Esse paciente, submetido à cirurgia, evoluiu bem, sem déficits neurológicos no pós-cirúrgico imediato, e exames clínicos e de neuroimagem não mostraram sinais de recorrência até três meses de pós-operatório. Terapia adjuvante com radiação externa foi recomendada para o paciente.

Abstract

Background: Glioblastoma multiforme is the most malignant primary brain glial tumour in adults with high incidence among astrocytomas, but usually it is not included in the differential diagnosis of the central nervous system lesions in patients with Human Immunodeficiency Virus (HIV). Some studies have described the association of glioblastoma and HIV. Case report: It is reported a case of glioblastomas in a 31 year-old man with HIV. Mass lesions such as lymphoma were suggested as differential diagnosis, but the histopathology confirmed the diagnosis of glioblastoma. This patient was operated with good neurological evolution immediately after surgery; no clinical or neuroimaging signs of recurrence were observed up to 3 months post-operatively. Adjuvant external radiation therapy was commenced for the patient.

1Neurocirurgião, doutorando em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).


2Professor da Universidade de Estrasburgo, chefe do Serviço de Neurocirurgia do Hospital de Hautepierre, Estrasburgo, FR.


3Graduanda de Medicina da Universidade Vale do Rio Verde (Unincor), Belo Horizonte.


4Graduanda de Medicina da Universidade de Strasbourg, Estrasburgo, FR.




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Publication Date:
11 January 2018 (online)

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