CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672420
E-Poster – Anatomy & Approaches
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Terceiro-ventriculostomia endoscópica: assoalhos do terceiro ventrículo difíceis

Humberto Belém de Aquino
1   Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence
,
Enrico Ghizoni
2   Universidade Estadual de Campinas
,
Henrique Halfeld Furtado
1   Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence
,
Marília Fábia Bentivi Andrade
1   Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence
,
Amanda Anselmo Maciel
1   Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence
,
Gilberto Ramos Frota
1   Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence
,
Rodrigo Mallosto de Resende Urbano
1   Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence
› Author Affiliations
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: A terceiro-ventriculostomia endoscópica (TVE) é um procedimento cirúrgico indicado para o tratamento da hidrocefalia obstrutiva, embora outras indicações atualmente são consideradas. O objetivo é a abertura do assoalho do terceiro ventrículo (ATV), permitindo a saída do líquido cefalorraquidiano do sistema ventricular (SV) ao espaço subaracnóideo. No entanto, apesar de a ressonância magnética (RM) orientar quanto a anatomia ventricular e cisternas, somente durante o procedimento cirúrgico que variações anatômicas ou deformidades serão reconhecidas.

Objetivo: Estudar vídeos de procedimentos cirúrgicos realizados e indicados para uma TVE e agrupar as configurações dos ATV para discutir os assoalhos difíceis, com base nas dificuldades técnicas encontradas para cada tipo configurado.

Método: Estudamos somente vídeos com imagens nítidas à frente da lente do endoscópio, de pacientes submetidos à TVE de várias idades, sexo e hidrocefalias de diferentes etiologias. Um protocolo e a captura imagens do ATV foram utilizados para guiar nossos resultados.

Resultados: Selecionamos 43 vídeos de nosso banco de dados, dos quais configuramos e agrupamos os ATV da seguinte maneira: assoalho do tipo translúcido com pouca visualização das estruturas anatômicas da CI (3/43); assoalho do tipo translúcido com total visualização das estruturas anatômicas da CI (4/43); assoalho do tipo gelatinoso (9/43); assoalho do tipo misto – translúcido/gelatinoso (26/43); e assoalho do tipo deformado (1/43). Durante a perfuração e alargamento dos tipos de assoalhos configurados, encontramos dificuldades para perfurar e alargar os tipos translúcidos, e devem ser tentados com cuidado, mesmo quando todos os elementos da cisterna estejam aparentes, sangramentos ocorrem em assoalhos do tipo gelatinoso, mas facilmente controlável com irrigação, o fenômeno de upward ballooning – insuflação ascendente do assoalho do terceiro ventrículo, com pulsatilidade, que ocorre logo após a perfuração do assoalho em tipos translúcidos e mistos, e cisternas rasas em tipos translúcidos. Todos esses tipos de assoalhos podem ser responsáveis por falhas ou lesões, mesmo que o procedimento tenha sido bem indicado.

Conclusão: Com base nas dificuldades técnicas para perfuração e alargamento do ATV das configurações agrupadas, consideramos todos os assoalhos como difíceis e com risco de lesões.