CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672471
E-Poster – Skull Base
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Tratamento cirúrgico dos macroadenomas não secretores de hipófise por via endoscópica endonasal em idosos

Horácio Armando Marenco
1   Unifesp
,
Samuel Tau Zymberg
1   Unifesp
,
Rodrigo de Paula Santos
1   Unifesp
,
Cláuder Oliveira Ramalho
1   Unifesp
› Author Affiliations
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: Nas últimas três décadas, foram publicadas casuísticas de pacientes idosos operados por adenomas de hipófise, nas quais foram utilizadas as vias transcraniana e transesfenoidal microcirúrgicas e, mais recentemente, a via endoscópica endonasal.

Objetivo/Método: O objetivo deste estudo foi analisar retrospectivamente os resultados dos nossos primeiros 25 pacientes, com idade igual ou superior a 65 anos, com macroadenomas não secretores de hipófise e operados pela via endoscópica endonasal.

Resultados: O déficit visual pré-operatório foi encontrado em 92,8% dos casos e 70,8% apresentaram melhora da visão depois da cirurgia. O hipopituitarismo pré-operatório foi encontrado em 69,2% dos casos e a sua recuperação ocorreu em 22,2% destes casos. A ressecção total do tumor foi alcançada em 30,8% dos casos, a ressecção subtotal em 34,6% dos casos e a ressecção parcial em 34,6% dos casos. Na avaliação com RM de sela turca pré-operatória, a invasão dos seios cavernosos foi encontrada em 74,1% dos pacientes, o diâmetro máximo dos adenomas foi em média 34 ± 7,3 mm e 28% dos pacientes foram diagnosticados com adenomas gigantes da hipófise. A estadia hospitalar média foi de 6,7 dias. Dos 25 pacientes submetidos a um total de 28 procedimentos cirúrgicos, houve um caso fístula liquórica seguida de meningite e um caso de óbito. A incidência de diabetes insipidus pós-operatório foi de 11,5%, porém com todos os casos transitórios. Dos 13 pacientes que permanecem em seguimento ambulatorial, 11 receberam pontuação de 80% ou superior na escala de Karnofsky.

Conclusão: Este estudo sugere que a cirurgia por via endoscópica endonasal permanece como o tratamento de primeira escolha para pacientes idosos com macroadenomas não secretores de hipófise e a idade por si só não é contraindicação para cirurgia.