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DOI: 10.1055/s-0038-1672620
Estudo da expressão gênica da família HCN em tecido hipocampal e cortical humano epilépticos
Publication History
Publication Date:
06 September 2018 (online)
Introdução: Mutações em mais de 70 genes, que formam os canais iônicos, estão relacionadas a diferentes doenças humanas, como a epilepsia. Assim, surge o conceito de canalopatias como base de distúrbios do SNC. Um tema inovador na fisiologia das canalopatias do SNC é o estudo da família dos canais catiônicos ativados pela hiperpolarização (CHCNs), em que há o reconhecimento de que esses canais são membros de uma família cuja expressão é fortemente correlacionada com a excitabilidade neuronal.
Objetivos: Determinar o padrão de expressão gênica da família HCN (codificadora dos canais-H) em hipocampos e córtex humanos de pacientes traumatizados após cirurgia.
Método: A expressão dos genes HCN1-HCN4 foi analisada em diferentes regiões do SNC de tecido humano. Para este estudo, foi realizada uma seleção de pacientes doadores de tecido cerebral provenientes de instituições hospitalares do RS a partir da assinatura de termo de consentimento esclarecido. Fragmentos de tecido hipocampal foram obtidos de pacientes com epilepsia refratária ao tratamento medicamentoso (n: 10), cuja investigação apresentou origem temporal das crises, sendo adotado o procedimento cirúrgico amigdalo-hipocampectomia seletiva nesses; e fragmentos de tecido cortical e hipocampal foram obtidos de pacientes submetidos a lobectomia temporal pós traumatismo crânio encefálico (n: 10). Os níveis de expressão gênicas relativos dos genes HCNs foram quantificados pela técnica de PCR em tempo real utilizando o fluoróforo e o SYBR Green.
Resultados: Observou-se que no estudo comparativo entre tecido hipocampal humano houve redução significativa dos transcritos HCN1 e HCN4 do tecido hipocampal de pacientes com epilepsia em relação ao tecido hipocampal humano de pacientes com traumatismo cranioencefálico.
Conclusão: Nossos dados reforçam a ideia de que os canais HCN estejam alterados no nível transcricional em resposta a breves períodos de atividade elétrica neuronal anormal, contribuindo para distúrbios de excitabilidade neuronal, como é típico da epilepsia. Os autores desse estudo realizaram, também, estudo similar destes canais iônicos em ratos.