CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672737
E-Poster – Neurointensivism
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Avaliação não invasiva da PIC em paciente com possível hidrocefalia de pressão normal

Leonardo Rodrigues Leopoldo de Menezes
1   Universidade do Estado do Amazonas
,
Anny Reis Mello de Souza
1   Universidade do Estado do Amazonas
,
Natanael Martins Gomes
1   Universidade do Estado do Amazonas
,
Felipe Régis Cavalcante Uchoa
1   Universidade do Estado do Amazonas
,
Lucas Ferreira Barbosa de Aguiar
1   Universidade do Estado do Amazonas
,
Marcus Vinicius Della Coletta
1   Universidade do Estado do Amazonas
,
Robson Luis Oliveira de Amorim
1   Universidade do Estado do Amazonas
› Institutsangaben
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Publikationsverlauf

Publikationsdatum:
06. September 2018 (online)

 

Paciente do sexo masculino, 84 anos, previamente hígido, começou a apresentar há dois anos quadro rapidamente progressivo de declínio cognitivo importante isolado. Em fevereiro de 2017, foi vítima de queda da própria altura e foi submetido à tomografia computadorizada de crânio, que evidenciou hemorragia subaracnóidea traumática e dilatação ventricular por mecanismo ex-vacuum. Apresentou piora evidente do quadro prévio, evoluindo com apatia, desatenção, inexpressividade e restrição importante dos movimentos. Ao exame de Ressonância Magnética, apresentou aumento de dilatação ventricular com preservação de sulcos e atrofia cerebral. Levantada a hipótese de hidrocefalia de pressão normal, realizou-se Tap Test, sem melhora. Por conseguinte, efetuou-se PET SCAN, que revelou hipometabolismo bifrontotemporal e então optou-se por avaliar a PIC por meio de mensuração não invasiva, a qual demonstrou ondas patológicas (P2 > P1), resultantes do aumento da PIC. Tendo em vista a hipótese levantada, escolheu-se por terapêutica a realização de Derivação Ventrículo Peritoneal com válvula programável. Um mês após a realização do ato cirúrgico, paciente apresentou discreta melhora do quadro em relação a expressividade, atenção e quadro motor. Ao exame de medição não invasivo da PIC, evidenciou-se normalização do padrão ondulatório (P1 > P2). A medição não invasiva da PIC é uma ferramenta que pode identificar a diminuição da complacência cerebral de forma que não há riscos de infecção e outras complicações dos procedimentos padrões e também pode ser feita de maneira contínua, de modo que se possa avaliar o comportamento das curvas de pressão, auxiliando no diagnóstico de HPN e no plano terapêutico do paciente. No entanto, são necessários mais estudos com esta tecnologia, uma vez que é nova e a literatura é escassa a respeito deste método. A avaliação qualitativa da curva da PIC por meio deste novo método pode auxiliar no diagnóstico de HPN e servir como ferramenta para avaliar a resposta terapêutica após intervenção cirúrgica.