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DOI: 10.1055/s-0038-1672769
Biópsia de lesões de tronco encefálico: série de casos
Publication History
Publication Date:
06 September 2018 (online)
Introdução: As lesões intrínsecas do tronco encefálico são geralmente tratadas sem confirmação histopatológica, baseando-se na heterogeneidade das lesões, o que leva à necessidade de vários fragmentos de biópsia, aumentando a morbidade do método. Por outro lado, várias séries demonstram a segurança do procedimento, aliada a uma alta acurácia diagnóstica. Especialmente em lesões captantes, atípicas e exofíticas, a gama de diagnósticos diferenciais dos gliomas difusos do tronco encefálico se faz notória, com relevante impacto no manejo terapêutico.
Objetivo: Avaliar a eficácia da biópsia de tronco encefálico, bem como sua morbimortalidade e impacto no tratamento.
Método: Análise de 29 casos de biópsias de lesões intrínsecas do tronco encefálico realizadas em nosso serviço entre 2008 e 2017, avaliando dados epidemiológicos, taxa diagnóstica, morbimortalidade, características imaginológicas e técnicas, assim como o impacto no tratamento.
Resultados: Houve diagnóstico em 86,2% dos casos. A taxa de morbidade foi de 10,34% e não houve óbitos relacionados ao procedimento. Os gliomas difusos representaram 20,68% dos diagnósticos, tendo outras patologias como astrocitoma pilocítico (17,2%), linfoma de células B (13,8%), ependimoma (3,4%), ganglioglioma (3,4%) e germinoma (3,4%). Foram identificadas, ainda, lesões não neoplásicas em 20% dos casos diagnosticados. Essa variedade etiológica teve impacto direto na terapêutica que envolveu radioterapia, quimioterapia, ressecção cirúrgica, antibioticoterapia ou tratamento conservador.
Conclusão: A biópsia de lesões de tronco é um procedimento seguro, com alta taxa diagnóstica e grande impacto terapêutico, guiando adequadamente o tratamento.