CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672809
E-Poster – Oncology
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Tumor epidermoide de quarto ventrículo. Descrição de um raro relato de caso

Franklin Reis
1   Clínica Equilibrium Especialidades Médicas
,
Robson Luis Oliveira de Amorim
1   Clínica Equilibrium Especialidades Médicas
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Publikationsdatum:
06. September 2018 (online)

 

Introdução: Um homem de 42 anos procurou o consultório médico com uma história de há 6 meses vinha apresentando disbasia, distasia e dificuldade de realizar movimentos finos com os membros superiores bilateralmente. Na avaliação neurológica, apresentava dificuldade de realizar prova índex-nariz e índex-índex, apresentava disdiadococinesia e também nistagmo horizontal bilateral. Apresentava fala escândida, porém mantinha preservado o nível de consciência. Ressonância magnética de crânio revelou lesão expansiva em região de fossa posterior no assoalho do quarto ventrículo, que se expandia para o limite superior ate o mesencéfalo e no limite inferior até a porção fechada do bulbo, com aspecto sugestivo de tumor epidermoide. Foi realizada craniotomia suboccipital mediana, com ressecção macroscópica total do processo expansivo. Teve alta após 7 dias, confirmado no exame histopatológico e imuno-histoquímica o diagnóstico de tumor epidermoide, atualmente está em fase de reabilitação.

Discussão: Em 2017, Chung et al., descreveram uma revisão sistemática de cisto epidermoide de quarto ventrículo. Nessa revisão, foram identificados 23 estudos que reportaram um total de 37 casos descritos até aquela data. Realizamos uma revisão de literatura, extendendo-se até a presente data e não foi encontrado caso adicional. Portanto, até onde sabemos, a raridade dessa doença é fato comprovado, contando no Brasil com dois casos descritos, sendo um em Cardoso et al., em 2016, e Cambruzzi et al., em 2011.

Conclusão: O tumor epidermoide é raro no quarto ventrículo e sua ressecção deve ser feita de forma cuidadosa, pois pode estar aderido ao tronco cerebral, em especial à fossa romboide e advir, por isso, complicações que piorem muito a qualidade de vida do paciente.