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DOI: 10.1055/s-0038-1672822
Amigdalo-hipocampectomia seletiva complementar à ressecção cirúrgica de tumor em lobo temporal: análise de prognóstico
Publication History
Publication Date:
06 September 2018 (online)
Introdução: A epilepsia acomete 2% da população mundial, sendo as epilepsias do lobo temporal responsáveis por mais de 70% destes casos. O desenvolvimento da epilepsia pode ser idiopático ou secundário a patologias subjacentes de etiologia vascular, traumática, infecciosa ou neoplásica, foco do presente estudo.
Objetivo: Avaliar o prognóstico de pacientes submetidos a amigdalo-hipocampectomia seletiva por acesso transilviano devido a quadro de epilepsia clinicamente refratária secundária à neoplasia de lobo temporal.
Métodos: Estudo descritivo, prospectivo, retrospectivo, no qual os pacientes foram selecionados no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2017. Os pacientes incluídos foram analisados pelas seguintes variáveis categóricas: idade, sexo, grau histológico, análise anatomopatológica, complicações pré e pós-operatórias, hemisfério cirúrgico abordado, identificação do hemisfério dominante, grau de ressecção e escala de Engel. Adotou-se nível de significância de p < 0,05 na análise dos resultados.
Resultados: Foram incluídos neste estudo 12 pacientes, sendo 66% (n = 8) do sexo feminino, com a idade variando entre 19 e 72 anos. Histologicamente evidenciou a presença de 100% (n = 12) de tumores de baixo grau, sendo 75% (n = 9) astrocitomas e 25% (n = 3) oligodendrogliomas. Os autores evidenciaram ausência de complicações pré, pós-operatórias e óbitos. Os procedimentos foram realizados no hemisfério direito não dominante em 100% (n = 12) dos casos. Na avaliação pós-operatório foi evidenciado que 83% (n = 10) dos pacientes apresentaram Engel I e 17% (n = 2) Engel II, sendo que na avaliação prospectiva de apenas 9% (n = 1) evoluiu de Engel I para Engel II.
Conclusão: A amigdalo-hipocampectomia seletiva é um procedimento com baixas taxas de complicações e funcionalmente eficiente no que tange ao controle de crises epilépticas clinicamente refratárias secundárias a neoplasias do lobo temporal.