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DOI: 10.1055/s-0038-1672986
Análise quantitativa de casos de internação por mielomeningocele entre as regiões do Brasil
Publication History
Publication Date:
06 September 2018 (online)
Introdução: A mielomeningocele é um defeito congênito no fechamento do tubo neural. Essa malformação congênita atinge, principalmente, a região lombossacra. As causas que levam a esta malformação ainda são incertas, porém estão associadas a fatores genéticos e ambientais, destacando-se, principalmente, a carência de ácido fólico. O tratamento consiste em cirurgia para fechamento dos tecidos que estão abertos numa tentativa de restabelecer a proteção aos tecidos nervosos. A cirurgia não tem como objetivo devolver o funcionamento destes órgãos de forma imediata, mas sim evitar que os respectivos nervos permaneçam sendo continuamente lesionados.
Objetivo: Analisar as diferenças interregionais do perfil da população internada para a realização de procedimento cirúrgico de correção da mielomeningocele no Brasil, através do sistema de informações do DATASUS.
Método: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e analítico do número de casos de internação por mielomeningocele, no período de 2008 a 2015. As variáveis estudas foram gênero e raça em crianças de 0 a 1 ano. As taxas de internações, por 1.000 nascidos vivos foram calculadas para cada região do país. Os resultados foram analisados por meio do teste de correlação de Pearson.
Resultados: Na análise geral, a região Nordeste foi a única que obteve valores consideráveis (p > 0,05). Quanto a distribuição por sexo, houve valores consideráveis para ambos os sexos na região Nordeste, sendo o masculino (0,92) e o feminino (0,91). Quanto a diferença de raças, a raça branca só obteve valor significativo na região Sul (0,70), enquanto as demais raças obtiveram correlação forte no Sudeste (0,89) e no Centro-oeste (0,86).
Conclusão: A mielomeningocele ainda é uma patologia em que tem incidência alta na região Nordeste, isso pode estar intimamente ligado a falta de acompanhamento no pré-natal, como também as condições socioeconômicas locais. Pode-se concluir também que não há predominância entre sexos, bem como na análise das raças houve predomínio da raça branca no Sul, que é consequência do predomínio da população local e das demais raças no Sudeste e centro-oeste do país.