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DOI: 10.1055/s-0038-1673069
Distúrbios de coagulação em doentes com contusão cerebral e associação com prognóstico
Publication History
Publication Date:
06 September 2018 (online)
Introdução: Há controvérsia na literatura no tocante a associação entre a progressão da contusão cerebral e distúrbios de coagulação. Sendo assim, é importante fazer levantamentos para mostrar a diferença das provas de coagulação em doentes com contusão cerebral e suas associações com o prognóstico dos doentes. Objetivos: Relatar os resultados das provas de coagulação em pacientes com contusão cerebral que foram submetidos ou não a cirurgia de retirada da contusão e os números de óbitos resultantes.
Métodos: Estudo de coorte prospectiva realizado no período de 2012 a 2015, no qual a partir de um banco de dados foram selecionados doentes com contusão cerebral. Foi então realizada a avaliação das provas de coagulação na admissão hospitalar e verificado a presença de distúrbios de coagulação nos pacientes com contusão cerebral operados e não operados.
Resultados: De um total de 517 doentes, 219 apresentavam contusão cerebral. A média de idade foi de 44,9 +− 18,3 anos. Cerca de 189 (86,7%) eram do sexo masculino. Em torno de 47 (21,4%) pacientes foram operados para a retirada da contusão cerebral. Não houve diferença entre as provas de coagulação (rTTPA, INR e plaquetas) entre os doentes submetidos ou não a cirurgia para retirada da contusão. Não houve diferença na mortalidade entre os pacientes operados e não-operados. Entretanto, os pacientes não-operados que tiveram óbito precoce, apresentavam INR significativamente maior (1,48 vs 1,32; p = 0,04). Nos doentes operados que tiveram óbito precoce, o INR também foi maior (1,61 vs 1,33); porém, não significativo.
Conclusão: Este estudo demonstrou que a avaliação das provas de coagulação parece ser um marcador importante na associação com o prognóstico, sendo que a sobrevida aumenta em pacientes submetidos a cirurgias, quando as provas de coagulação apresentam resultados menores.