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DOI: 10.1055/s-0038-1673142
Procedimentos de bypass indireto no tratamento da angiopatia oclusiva progressiva relacionada à anemia falciforme em pacientes na faixa etária de 2 a 20 anos: a propósito de uma revisão sistemática
Publication History
Publication Date:
06 September 2018 (online)
Introdução: Dados da Organização mundial de Saúde apontam mais de 275.000 nascimentos de crianças portadoras de anemia falciforme (AF) anualmente. A pode estar associada à vasculopatia cerebral e Moyamoya, entidade clínica única, que reflete interações anormais entre células falciformes vermelhas do sangue e do endotélio arterial cerebral. O uso de métodos diagnósticos não invasivos como o Doppler Transcraniano (DTC) auxilia como triagem para avaliar o risco de um acidente vascular cerebral (AVC), através da avaliação de valores das velocidades de fluxo sanguíneo encefálico (VFSE). Quando ocorre o aumento de velocidades que indicam estreitamento das artérias cerebrais a correlação estatísica é de 250 vezes maior a chance de desenvolver um AVC compafado à população infantil. Os procedimentos de bypass indireto tem se mostrado benéficos nos pacientes refratários. Entretanto, ainda não há evidência suficiente para saber se os pacientes com AF e Síndrome de Moyamoya (SMM) terão benefícios com a cirurgia.
Objetivo: Este estudo objetiva avaliar a efetividade da revascularização cerebral pela utilização do bypass indireto no tratamento de pacientes portadores de angiopatia proliferativa oclusiva crônica relacionada à AF na faixa etária de 02 a 20 anos. Foi feita uma revisão sistemática da literatura nas bases de dados Lilacs, Embase e Medline, utilizando as palavras-chave: revascularização cerebral, anemia falciforme, Moyamoya e encefaloduroarteriosinangiose nas línguas portuguesa e inglesa, para levantamento de estudos que relatam a utilização do bypass indireto para tratamento da SMM secundária à AF de 1996 até o ano de 2015. Foram pesquisados 51 artigos, dos quais, 11 foram selecionados com base nos critérios da faixa etária determinada, da apresentação de pacientes portadores da SMM e AF, e do tratamento com o procedimento proposto.
Conclusão: A presente revisão sistemática mostra que os procedimentos de bypass indireto nos pacientes refratários às terapêuticas clínicas consagradas, são seguros, eficazes e benéficos, diminuindo consideravelmente a ocorrência de ECV e a dependência da terapia transfucional crônica a longo prazo.