Abstract
Objective To promote informed choice for women and to compare home and hospital births in relation
to the Apgar score.
Methods Mother's profile and Apgar score of naturally born infants (without forceps assistance)
in Brazil between 2011 and 2015, in both settings—hospital or home—were collected
from live birth records provided by the Informatics Department of the Unified Health
System (DATASUS, in the Portuguese acronym). For the analysis, were included only
data from low-risk deliveries, including gestational time between 37 and 41 weeks,
singleton pregnancy, at least four visits of prenatal care, infants weighing between
2,500 g, and 4,000 g, mother age between 20-40 years old, and absence of congenital
anomalies.
Results Home birth infants presented significantly higher risk of 0-5 Apgar scores, both
in 1 minute (6.4% versus 3%, odds ratio [OR] = 2.2, confidence interval [CI] IC 2–2.4)
and in 5 minutes (4.8% versus 0.4%, OR = 11.5, CI 10.5–12.7). Another finding is related
to recovery estimates when from an initially bad 1-minute Apgar (< 6) to a subsequently
better 5-minute Apgar (> 6). In this scenario, home infants had poorer recovery, Apgar
score was persistently < 6 throughout the fifth minute in most cases (71% versus 10.7%,
OR 20.4, CI 17–24.6).
Conclusion The results show worse Apgar scores for babies born at home, compared with those
born at the hospital setting. This is a pioneer and preliminary study that brings
attention concerning differences in Apgar score related to home versus hospital place
of birth in Brazil.
Resumo
Objetivo Promover a escolha informada para as mulheres, comparando os resultados de partos
domiciliares e hospitalares em relação à escala de Apgar.
Métodos Foram coletadas as informações maternas e a pontuação Apgar de nascidos de parto
normal (pela definição, sem auxílio de fórcipe) no Brasil, de 2011 a 2015, a partir
de registros de nascidos vivos disponibilizados pela plataforma do Departamento de
Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Para a análise, incluímos somente
dados de partos de baixo risco ocorridos em hospitais ou residências, incluindo tempo
de gestação entre 37 e 41 semanas, gestação única, pelo menos quatro consultas de
pré-natal, crianças com peso entre 2.500 g e 4.000 g, e idade materna entre 20 anos
e 40 anos e ausência de anomalias congênitas.
Resultados Em comparação ao nascido em ambiente hospitalar, o nascido em domicílio apresentou
risco significativamente maior de pontuação 0 a 5, tanto no primeiro minuto (6,4%
versus 3%, razão de chance [RC] = 2,2, intervalo de confiança [IC] 2-2,4) como no
quinto minuto (4,8% versus 0,4%; RC = 11,5; IC 10,5–12,7). Outro achado que merece
destaque é em relação às estimativas de recuperação quando de um Apgar inicialmente
ruim ao primeiro minuto (< 6) para um subsequente melhor (> 6) no quinto minuto. Neste
cenário, os nascidos em domicílio apresentaram menor recuperação até o quinto minuto,
persistindo em Apgar < 6 na maior parte dos casos (71% versus 10,7%; OR 20,4; IC 17-24,6).
Conclusão Os resultados indicam piores escalas de Apgar para bebês nascidos em ambiente domiciliar,
em comparação àqueles nascidos em ambiente hospitalar. Este é um estudo pioneiro e
preliminar que atenta para as diferenças na escala de Apgar em relação ao local de
nascimento domiciliar versus hospitalar no Brasil.
Keywords
home birth - normal birth - apgar score
Palavras-chave
parto domiciliar - parto normal - escala apgar