Resumo
Objetivo Analisar os resultados funcionais e radiográficos de longo prazo da artroplastia
parcial do ombro para estosteonecrose da cabeça do úmero.
Métodos Revisão retrospectiva de 13 casos, com seguimento pós-operatório médio de 17 anos
(variação de 10 a 26 anos). Os achados do último seguimento foram comparados àqueles
em que os pacientes tinham com 1 ano de acompanhamento pós-operatório. A avaliação
funcional consistiu em medidas do movimento do ombro e aplicação do escore do ombro
da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA). Todos os pacientes foram submetidos
a exame radiografico para medir a erosão glenoidal, a migração umeral proximal, e
o deslocamento glenoumeral lateral.
Resultados A erosão da glenoide aumentou com o tempo significativamente (p < 0,05). Paradoxalmente, todos os movimentos ativos do ombro também melhoraram (p < 0,05), enquanto os escores da UCLA permaneceram os mesmos. A deterioração radiográfica
não teve correlação com a função clínica. Tivemos uma taxa de sobrevida de 84,7% das
artroplastias após tempo médio de 16 anos.
Conclusões Os resultados funcionais precoces mantiveram-se a longo prazo e não se correlacionem
com a deterioração radiográfica (aumento da erosão glenoidal).
Palavras-chave osteonecrose - cabeça do úmero - seguimentos