Resumo
Objetivos Avaliar e comparar os resultados do tratamento cirúrgico das luxações acromioclaviculares
(LACs) aguda e crônica, definindo o plano terapêutico mais eficaz.
Métodos Estudo retrospectivo realizado com 30 pacientes operados entre 2011 e 2018 para LAC
tipos III e V, separados de acordo com a classificação temporal em subgrupo agudo
(< 3 semanas; subgrupo I) e subgrupo crônico (> 3 semanas; subgrupo II). Todos os
pacientes foram submetidos a avaliação pós-cirúrgica com protocolo padronizado composto
por dados epidemiológicos, funcionais e radiográficos.
Resultados No subgrupo I, a pontuação na escala visual analógica (EVA) foi de 1,10, o escore
de Constant-Murley foi de 92,3, e o escore da University of California at Los Angeles
(UCLA) foi de 33,5. A distância coracoclavicular (CC) foi de 11,0 mm, e o aumento
do espaço CC foi em média menor do que 8,9% em relação ao ombro contralateral. No
subgrupo II, a EVA foi de 1,11, o escore de Constant-Murley foi de 94,2, e o da UCLA,
32,4. A distância CC foi de 13,8 mm, sendo o aumento do espaço CC de 22,9% em relação
ao contralateral.
Conclusão Apesar de não ter havido diferença significativa entre os quesitos avaliados, houve
uma tendência de o subgrupo agudo apresentar distância CC (p = 0,098) e percentual de aumento da distância CC (p = 0,095) menor do que o subgrupo crônico. Assim, é interessante que o tratamento
cirúrgico seja realizado nas primeiras três semanas após o trauma, para tentar evitar
essa tendência. Nos casos em que não for possível realizar o tratamento na fase aguda,
a técnica de Weaver Dunn modificada apresenta bons resultados clínicos e funcionais.
Palavras-chave
articulação acromioclavicular/lesões - articulação acromioclavicular/cirurgia - luxações
articulares - ligamentos articulares