Resumo
Objetivo Avaliar os resultados funcionais e radiográficos do tratamento cirúrgico realizado
em um grupo de pacientes com fratura multifragmentada da diáfise de clavícula, pela
técnica minimamente invasiva, em seguimento mínimo de 12 meses.
Métodos Estudo observacional longitudinal de 32 pacientes consecutivos (31 do sexo masculino,
idade média 41 anos) com fratura multifragmentada da diáfise da clavícula tratados
cirurgicamente pela técnica minimamente invasiva de osteossíntese com placa de reconstrução
de 3,5 mm na posição superior, avaliados clínica e radiologicamente, com seguimento
mínimo de 1 ano
Resultados Trinta pacientes (93,72%) evoluíram com consolidação da fratura em tempo médio de
17 semanas (entre 12 e 24 semanas). O tempo de seguimento médio foi de 21 meses (variando
de 12 a 45 meses). Não houve quebra de implantes ou pseudoartroses. Não houve queixa
de parestesia na região das incisões cirúrgicas. O ombro tratado cirurgicamente apresentou
menor elevação passiva e maior comprimento da clavícula (p < 0,05) em relação ao contralateral. Na avaliação funcional, encontramos um valor
médio de Disfunções do Braço, Ombro e Mão (DASH, na sigla em inglês) = 1,75, sendo
o mesmo considerado satisfatório. Idade > 60 anos apresentou correlação negativa com
escore DASH (p < 0,05).
Conclusão A técnica minimamente invasiva de osteossíntese mostrou-se satisfatória para o tratamento
da fratura multifragmentada da diáfise da clavícula, com elevada taxa de consolidação
e baixo índice de complicações.
Palavras-chave
clavícula - fraturas ósseas - resultado do tratamento - procedimentos cirúrgicos minimamente
invasivos