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CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2021; 56(04): 497-503
DOI: 10.1055/s-0040-1714231
Artigo Original
Ombro e Cotovelo

Avaliação da tenotomia ou tenodese bicipital na infiltração gordurosa do músculo bíceps[*]

Article in several languages: português | English
1   Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Hospital Estadual de Urgência e Emergência, Vitória, ES, Brasil
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2   Centro de Traumatologia do Esporte, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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Juarez Leite Júnior
3   Departamento de Radiologia, Multiscan Diagnóstico, Vitória, ES, Brasil
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2   Centro de Traumatologia do Esporte, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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2   Centro de Traumatologia do Esporte, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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Resumo

Objetivo O objetivo do presente estudo foi determinar a existência de infiltração gordurosa (IG) na massa muscular do bíceps braquial após a tenotomia ou tenodese para tratamento de lesão no tendão da cabeça longa do bíceps e estabelecer uma relação entre a IG e alterações no comprimento das fibras musculares.

Métodos Análise clínica e de imagens de 2 grupos de pacientes (submetidos à tenodese do bíceps [16 indivíduos] ou tenotomia do bíceps [15 indivíduos]). Nos dois grupos, os achados foram comparados àqueles do lado contralateral de cada indivíduo (grupo controle). Todos os pacientes foram submetidos à tenodese ou tenotomia unilateral do bíceps, com acompanhamento pós-operatório > 1 ano. Exames de ressonância magnética (RM) foram realizados em ambos os braços de cada paciente de acordo com um protocolo específico. A força de flexão do cotovelo foi medida com dinamômetro manual e os resultados foram submetidos à análise estatística.

Resultados O período pós-operatório médio antes da realização da RM foi de 5 anos, e nenhum caso de IG foi observado no compartimento anterior de ambos os braços dos pacientes avaliados. Sete pacientes apresentaram deformidade moderada ou grave no braço operado. Não houve relação significativa entre deformidade do braço (p = 0,077), percentual de força de flexão (p = 0,07) ou dor à palpação do sulco bicipital (p = 0,103).

Conclusão Nenhum dos pacientes avaliados apresentou evidência de IG na massa muscular do compartimento anterior do braço após os procedimentos. Não foi possível estabelecer uma correlação entre a discrepância do comprimento do músculo bíceps, medido à RM, e a presença de IG no compartimento anterior do braço.

Suporte Financeiro

Não houve suporte financeiro de fontes públicas, comerciais, ou sem fins lucrativos.


* Trabalho desenvolvido no Centro de Traumatologia do Esporte da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.




Publication History

Received: 01 December 2019

Accepted: 01 June 2020

Article published online:
25 September 2020

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