CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2022; 57(01): 041-046
DOI: 10.1055/s-0041-1729579
Artigos Originais
Coluna

Correlação entre a gravidade da doença degenerativa lombar e o alinhamento espinopélvico

Article in several languages: português | English
1   Serviço de Ortopedia e Traumatologia, Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
,
1   Serviço de Ortopedia e Traumatologia, Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
,
1   Serviço de Ortopedia e Traumatologia, Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
,
2   Departamento de Biomecânica, Medicina e Reabilitação do Aparelho Locomotor, Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP, Brasil
,
2   Departamento de Biomecânica, Medicina e Reabilitação do Aparelho Locomotor, Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP, Brasil
› Author Affiliations

Resumo

Objetivo Avaliar o impacto da graduação da doença degenerativa lombar (DDL) sobre o alinhamento sagital espinopélvico.

Métodos Ao todo, 130 pacientes (dade média: 57 anos; 75% do sexo feminino) com dor lombar associada a DDL foram prospectivamente incluídos. A gravidade da DDL foi definida pelos seguintes achados nas radiografias anteroposterior e de perfil da coluna lombar: osteofitose; perda de altura do disco intervertebral; esclerose na placa vertebral terminal; número de segmentos afetados; deformidades; e instabilidade objetiva. Os pacientes foram graduados segundo a DDL da seguinte maneira: grau 0–ausência de sinais de DDL na coluna lombar; grau I – sinais de DDL em até dois segmentos; grau II – envolvimento em três ou mais segmentos; grau III – quando associada a escoliose, espondilolistese ou laterolistese. Parâmetros radiográficos espinopélvicos, como incidência pélvica (IP), lordose lombar (LL), discrepância entre a IP e a LL (IP-LL), versão pélvica (VP), e eixo vertical sagital (EVS) foram analisados de acordo com os graus de DDL.

Resultados Houve diferença nos parâmetros radiográficos comparando-se os graus de DDL, com os pacientes de grau III apresentando maiores valores de EVS (p = 0,001) e VP (p = 0,0005), o que denota maior inclinação anterior do tronco e maior retroversão pélvica do que os pacientes de graus 0 e I. Pacientes de grau III também apresentaram maiores valores de IP-LL, o que denota perda da lordose relativa ao valor da IP, do que pacientes grau I (p = 0,04).

Conclusão Pacientes com DDL mais grave demonstraram uma tendência a maior desalinhamento sagital espinopélvico comparados com pacientes com graus mais leves.

Suporte Financeiro

O presente estudo não recebeu qualquer tipo de financiamento.




Publication History

Received: 22 July 2020

Accepted: 03 November 2020

Article published online:
18 February 2022

© 2022. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution-NonDerivative-NonCommercial License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit. Contents may not be used for commecial purposes, or adapted, remixed, transformed or built upon. (https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)

Thieme Revinter Publicações Ltda.
Rua do Matoso 170, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20270-135, Brazil

 
  • Referências

  • 1 Pratali RR, Hennemann SA, Amaral R. et al. Standardized terminology of adult spine deformity for brazilian portuguese. Coluna/Columna 2015; 14 (04) 281-285
  • 2 Glassman SD, Bridwell K, Dimar JR, Horton W, Berven S, Schwab F. The impact of positive sagittal balance in adult spinal deformity. Spine (Phila Pa 1976) 2005; 30 (18) 2024-2029
  • 3 Lafage V, Schwab F, Patel A, Hawkinson N, Farcy JP. Pelvic tilt and truncal inclination: two key radiographic parameters in the setting of adults with spinal deformity. Spine (Phila Pa 1976) 2009; 34 (17) E599-E606
  • 4 Schwab FJ, Blondel B, Bess S. et al; International Spine Study Group (ISSG). Radiographical spinopelvic parameters and disability in the setting of adult spinal deformity: a prospective multicenter analysis. Spine (Phila Pa 1976) 2013; 38 (13) E803-E812
  • 5 Schwab F, Ungar B, Blondel B. et al. SRS-Schwab Adult Spinal Deformity Classification: A Validation Study. Spine (Phila Pa 1976) 2012; 37 (12) 1077-1082
  • 6 Terran J, Schwab F, Shaffrey CI. et al; International Spine Study Group. The SRS-Schwab adult spinal deformity classification: assessment and clinical correlations based on a prospective operative and nonoperative cohort. Neurosurgery 2013; 73 (04) 559-568
  • 7 Schwab F, Dubey A, Gamez L. et al. Adult scoliosis: prevalence, SF-36, and nutritional parameters in an elderly volunteer population. Spine (Phila Pa 1976) 2005; 30 (09) 1082-1085
  • 8 Barreto MVA, Pratali RR, Barsotti CEG, Santos FPE, Oliveira CEAS, Nogueira MP. Incidence of spinal deformity in adults and its distribution according SRS-Schwab classification. Coluna/Columna 2015; (14) 93-96
  • 9 Natarajan RN, Andersson GBJ. Lumbar disc degeneration is an equally important risk factor as lumbar fusion for causing adjacent segment disc disease. J Orthop Res 2017; 35 (01) 123-130
  • 10 Fu KMG, Rhagavan P, Shaffrey CI, Chernavvsky DR, Smith JS. Prevalence, severity, and impact of foraminal and canal stenosis among adults with degenerative scoliosis. Neurosurgery 2011; 69 (06) 1181-1187
  • 11 Horton WC, Brown CW, Bridwell KH, Glassman SD, Suk SI, Cha CW. Is there an optimal patient stance for obtaining a lateral 36" radiograph? A critical comparison of three techniques. Spine (Phila Pa 1976) 2005; 30 (04) 427-433
  • 12 Vasconcelos IT, Sant'Anna DA, Oliveira CEAS, Herrero CFPS, Pratali RR. Escala de graduação da doença degenerativa lombar em exames de radiografia panorâmica da coluna vertebral. Coluna/Columna 2019; 18 (01) 32-36
  • 13 Lafage R, Ferrero E, Henry JK. et al. Validation of a new computer-assisted tool to measure spino-pelvic parameters. Spine J 2015; 15 (12) 2493-2502
  • 14 Smith JS, Fu KMG, Urban P, Shaffrey CI. Neurological symptoms and deficits in adults with scoliosis who present to a surgical clinic: incidence and association with the choice of operative versus nonoperative management. J Neurosurg Spine 2008; 9 (04) 326-331
  • 15 Pratali RR, Nasreddine MA, Diebo B, Oliveira CEAS, Lafage V. Normal values for sagittal spinal alignment: a study of Brazilian subjects. Clinics (São Paulo) 2018; 73: e647
  • 16 Lafage R, Schwab F, Challier V. et al; International Spine Study Group. Defining Spino-Pelvic Alignment Thresholds: Should Operative Goals in Adult Spinal Deformity Surgery Account for Age?. Spine (Phila Pa 1976) 2016; 41 (01) 62-68