CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2021; 56(05): 615-620
DOI: 10.1055/s-0041-1731354
Artigo de Atualização
Infectologia

Fatores de risco relacionados a má evolução no tratamento da infecção periprótese não convencional

Article in several languages: português | English
1   Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP/GRAACC), Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
2   Programa de Ortopedia, Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil
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1   Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP/GRAACC), Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
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1   Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP/GRAACC), Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
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1   Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP/GRAACC), Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
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3   Departamento de Pediatria, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
4   Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP), Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAACC), São Paulo, SP, Brasil
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1   Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP/GRAACC), Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
2   Programa de Ortopedia, Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil
› Author Affiliations

Resumo

Objetivos O objetivo do estudo é identificar os principais fatores de risco relacionados a má evolução do tratamento da infecção periprótese.

Métodos Foram avaliados de forma retrospectiva os prontuários de 109 pacientes submetidos a cirurgias de endoprótese não convencional (primárias e revisões), no período de 01 de janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2018. Destes, 15 pacientes diagnosticadas com infecção periprótese foram elegíveis para a participação no estudo. As variáveis sexo, idade do diagnóstico, osso acometido, duração da cirurgia, contagem de leucócitos no pré-operatório, infecção do trato urinário no 1° ano pós-operatório e tempo decorrido entre a colocação da endoprótese e o diagnóstico da infecção foram relacionadas aos desfechos utilizando o Teste Exato de Fisher (variáveis bicategóricas) e o Teste Anova (variáveis tricategóricas). A média de tempo entre diagnóstico e desfecho foram comparadas pelo método de t-student.

Resultados Os fatores de risco avaliados não demostraram correlação estatisticamente significante com os desfechos. Os dados demonstram haver tendência de diferença entre a média de tempo do aparecimento do processo infeccioso e o desfecho final do paciente. Devido a amostra limitada, acreditamos que estudos com coortes maiores possam comprovar essa tendência.

Conclusão Identificamos que o tempo entre a cirurgia de colocação da endoprótese e o aparecimento dos sintomas de infecção tende a ter relação com o desfecho e a evolução do paciente no tratamento da infecção periprótese. Os demais fatores associados, apesar de aparentemente relacionados, também não se mostraram estatisticamente relacionados a má evolução no tratamento.

Trabalho desenvolvido no Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP/GRAACC) / Departamento de Ortopedia e Traumatologia (DOT) da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil.




Publication History

Received: 12 June 2020

Accepted: 08 January 2021

Article published online:
28 October 2021

© 2021. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution-NonDerivative-NonCommercial License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit. Contents may not be used for commecial purposes, or adapted, remixed, transformed or built upon. (https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)

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