Resumo
Objetivo Avaliar o emplastro de lidocaína 5% como método de tratamento da dor neuropática
após cirurgias ortopédicas em comparação com massagem terapêutica realizada sobre
incisões.
Métodos Trata-se de um ensaio clínico prospectivo, randomizado, com 37 pacientes submetidos
a cirurgia ortopédica entre janeiro de 2015 e fevereiro de 2017. Foram incluídos pacientes
com idade entre 13 e 70 anos que foram submetidos a cirurgia ortopédica no pé e tornozelo
com dor neuropática ou hipersensibilidade na incisão cirúrgica por no mínimo 90 dias
após o procedimento. Todos os indivíduos foram avaliados segundo a escala visual analógica
(EVA) de dor e o questionário de qualidade de vida SF-36 no início do tratamento e
após 30, 60 e 90 dias.
Resultados Os dois grupos apresentaram melhora da dor; porém, o grupo que utilizou o emplastro
apresentou maior redução com o passar do tempo. Em relação aos parâmetros do questionário
SF-36, nenhum deles demonstrou diferença estatisticamente relevante. Em relação à
capacidade funcional, aos aspectos físicos, à vitalidade, aos aspectos emocionais,
aos aspectos sociais, ao estado geral de saúde e saúde mental, não houve evidências
significativas. A grande vantagem do emplastro está no grau de satisfação pessoal
dos pacientes, com relevância estatística, provavelmente pela facilidade de aplicação
e pelo efeito psicológico de uma terapia medicamentosa.
Conclusão O emplastro e a massagem são métodos de tratamento eficazes na redução da dor cicatricial,
apresentando resultados semelhantes. O emplastro está associado à melhora do grau
de satisfação dos pacientes. Nível de Evidência
1. Ensaio clínico prospectivo randomizado.
Palavras-chave
procedimentos ortopédicos - dor - neuralgia - lidocaína - massagem