Resumo
Objetivos Fazer uma revisão sistemática da literatura sobre a anatomia dos ligamentos meniscotibiais (LMTs) mediais, e apresentar os achados mais aceitos e a evolução das informações anatômicas sobre essa estrutura.
Materiais e Métodos A busca eletrônica foi realizada nos bancos de dados MEDLINE/PubMed, Google Scholar, EMBASE e Cochrane, sem restrições de data. Os seguintes termos de indexação foram utilizados: anatomy AND meniscotibial AND ligament AND medial. A revisão seguiu as recomendações da declaração de Principais Itens para Relatar Revisões Sistemáticas e Metanálises (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses, PRISMA, em inglês). Foram incluídos estudos anatômicos do joelho, como dissecções de cadáveres, investigações histológicas e/ou biológicas, e/ou imagens da anatomia do LMT medial.
Resultados Oito artigos atenderam aos critérios de inclusão e foram selecionados. O primeiro foi publicado em 1984, e o último, em 2020. A amostra total nos 8 artigos foi de 96 pacientes. A maioria dos estudos é puramente descritiva em relação aos achados morfológicos macroscópicos e histológicos microscópicos. Dois estudos avaliaram os aspectos biomecânicos do LMT, e um analisou a correlação anatômica com o exame de ressonância magnética.
Conclusão A principal função do LMT medial, ligamento que se origina na tíbia e se insere no menisco inferior, é estabilizar e manter a posição do menisco no platô tibial. No entanto, há poucas informações sobre LMTs mediais, principalmente em termos de anatomia, vascularização e inervação.
Palavras-chave
ligamentos - menisco - tíbia - joelho - anatomia