CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2023; 58(02): 331-336
DOI: 10.1055/s-0042-1749414
Artigo Original
Coluna

Tratamento das lesões agudas da medula espinal: Uma pesquisa entre cirurgiões de coluna iberoamericanos – Parte 1: Uso de corticosteroides em altas doses

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1   Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Centro Hospitalar e Universitário do Porto, Porto, Portugal
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2   Departamento de Ortopedia e Traumatologia do Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, Penafiel, Portugal
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3   Departamento de Ortopedia e Traumatologia do Centro Hospitalar e Universitário do Porto, Porto, Portugal
› Author Affiliations
Suporte Financeiro O presente estudo não recebeu nenhum suporte financeiro de fontes públicas, comerciais ou sem fins lucrativos.
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Resumo

Objetivo O objetivo do presente estudo foi avaliar a prática atual de uso do succinato sódico de metilprednisolona (MPSS, na sigla em inglês) nas lesões agudas da medula espinal (LAMEs) entre cirurgiões de coluna de países ibero-americanos.

Métodos Um estudo transversal descritivo foi realizado. O questionário continha duas seções, uma sobre os dados demográficos dos cirurgiões e acerca da administração de MPSS, e foi enviado por correio eletrônico aos membros da Sociedad Ibero Latinoamericana de Columna (SILACO, na sigla em espanhol) e sociedades associadas.

Resultados No total, 182 cirurgiões participaram do estudo: 65,4% (119) eram cirurgiões ortopédicos e 24,6% (63), neurocirurgiões. Sessenta e nove (37,9%) usaram MPSS no tratamento inicial da LAME. Não houve diferenças significativas entre países (p = 0,451), especialidades (p = 0,352) ou senioridade do cirurgião (p = 0,652) em relação ao uso de corticosteroides no tratamento inicial da LAME. Destes, 45 (65,2%) relataram a administração de um bolus de alta dose (30 mg/kg) seguido por perfusão (5,4 mg/kg/h). Quarenta e seis (66,7%) dos cirurgiões que usam MPSS apenas o prescrevem a pacientes tratados nas primeiras 8 horas após a LAME. A maioria dos cirurgiões (50,7% [35]) administrou corticosteroides em alta dose devido à convicção de seus benefícios clínicos e melhora da recuperação neurológica.

Conclusão Os resultados do presente questionário mostram que o uso de MPSS na LAME não está disseminado entre os cirurgiões de coluna e que a controvérsia sobre sua administração ainda não foi resolvida. É provável que isto se deva ao baixo nível de evidência dos dados existentes, a variações ao longo dos anos, a inconsistências nos protocolos terapêuticos agudo e a diferentes sistemas de saúde.

O presente trabalho foi desenvolvido no Departamento de Ortopedia do Centro Hospitalar e Universitário do Porto, Porto, Portugal.




Publication History

Received: 04 January 2022

Accepted: 05 April 2022

Article published online:
02 August 2022

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