CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2023; 58(06): e912-e916
DOI: 10.1055/s-0043-1770980
Artigo Original
Coluna

Efeito da cirurgia de correção da coluna vertebral na força dos membros inferiores na escoliose idiopática do adolescente

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1   Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), Divisão de Ensino e Pesquisa (DIENP), Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas ao Sistema Musculoesquelético, Rio de Janeiro, RJ. Brasil.
2   Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), Laboratório de Pesquisa em Fisiologia do Exercício, Divisão de Pesquisa, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
3   Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), Laboratório de Pesquisa Neuromuscular, Divisão de Pesquisa, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
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1   Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), Divisão de Ensino e Pesquisa (DIENP), Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas ao Sistema Musculoesquelético, Rio de Janeiro, RJ. Brasil.
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5   Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), Centro de Cirurgia da Coluna, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
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4   Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte, Universidade Estadual do Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
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6   Sport Technology Research Lab, Faculty of Kinesiology, University of Calgary, Calgary, Alberta, Canada.
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1   Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), Divisão de Ensino e Pesquisa (DIENP), Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas ao Sistema Musculoesquelético, Rio de Janeiro, RJ. Brasil.
2   Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), Laboratório de Pesquisa em Fisiologia do Exercício, Divisão de Pesquisa, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
3   Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), Laboratório de Pesquisa Neuromuscular, Divisão de Pesquisa, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
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Resumo

Objetivos Analisar a força dos membros inferiores em pacientes com escoliose idiopática do adolescente (EIA) submetidos ou não ao tratamento cirúrgico e examinar sua correlação com a distância percorrida em um teste de caminhada de seis minutos (TC6).

Métodos Um total de 88 participantes (n = 30 pacientes com EIA pré-operatório, n = 30 pacientes com EIA pós-operatório e n = 28 controles) foram submetidos ao 6MWT e à avaliação da força muscular. A força dos membros inferiores foi medida na articulação do joelho usando os valores de pico de torque (PT) de extensão do joelho (EJ) e flexão do joelho (FJ).

Resultados O grupo controle percorreu uma distância maior no TC6 em comparação aos grupos pré-operatório (534 ± 67 m) e pós-operatório (541 ± 69 m), com distância de 612 ± 70 m (p <0,001). Não foram observadas diferenças em PT EJ (pré: 2,1 ± 0,63, pós: 2,1 ± 0,7, controle: 2,2 ± 0,7 Nm.kg−1, p = 0,67) ou PT FJ (pré: 1,0 ± 0,3, pós: 1,1 ± 0,3, controle: 1,1 ± 0,5 Nm.kg−1, p = 0,46). Houve uma correlação positiva moderada entre PT EJ e a distância do TC6 (r = 0,53, p < 0,001), assim como uma correlação positiva baixa entre PT FJ (r = 0,37, p = 0,003) e a distância do TC6.

Conclusão Este estudo destaca a importância da força máxima dos membros inferiores na funcionalidade de pacientes com EIA. Nossos achados sugerem que programas de exercícios destinados a aumentar a força dos membros inferiores, especialmente de EJ, podem melhorar a capacidade de caminhada de pacientes com EIA. Esses resultados fornecem informações úteis para o projeto de programas de exercícios intencionais para pacientes com EIA e déficits de marcha.

Suporte Financeiro

Não houve suporte financeiro de fontes públicas, comerciais, ou sem fins lucrativos.


Estudo desenvolvido no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.




Publication History

Received: 23 February 2023

Accepted: 27 March 2023

Article published online:
26 September 2023

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