CC BY-NC-ND 4.0 · Journal of Coloproctology 2023; 43(S 01): S1-S270
DOI: 10.1055/s-0044-1781124
Modalidade de apresentação: Pôster Eletrônico
Doenças Anorretais

TUMOR OSTEOCARTILAGINOSO DE MARGEM ANAL: RELATO DE CASO

Myrna Maria Martins Ribeiro
1   Hospital Getúlio Vargas, Teresina – PI, Brasil.
,
Lorayne de Araujo Costa Pereira
,
Miguel Augusto Arcoverde Nogueira
,
Walysson Alves Tocantins de Sousa
,
Fernando Lopes Vieira
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Rafael Ferreira Correia Lima
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Lara Vitoria de Araujo Costa Pereira
› Author Affiliations
 

ribeiromyrna@gmail.com

Apresentação do Caso Uma paciente de 79 anos, do sexo feminino, procurou o Ambulatório de Coloproctologia em janeiro de 2023 com queixa de nodulação anal com sangramento e constipação intestinal. Ao exame físico, foi identificada lesão nodular exofítica na borda anal, com aparente contato com o esfíncter externo. Ao toque retal, o canal anal estava livre. Solicitou-se USG endoanal, que evidenciou lesão com infiltração da musculatura esfincteriana (porção subcutânea). A manometria não apresentou alterações. Em fevereiro de 2023, a paciente foi submetida a ressecção da lesão; o anatomopatológico evidenciou neoplasia maligna com características histopatológicas indefinidas: tumor maligno mesenquimal osteocartilaginoso ou carcinoma com diferenciação sarcomatoide, e margens cirúrgicas livres (0,2 e 18 mitoses/10 CGA). Solicitou-se imunohistoquímica.

Discussão Os sarcomas colorretais são um grupo raro e heterogêneo de tumores de origem mesenquimal que compreendem 0,1% de todas as malignidades colorretais. Há vários subtipos, e quando comparados ao adenocarcinoma colorretal, os sarcomas colorretais primários se comportam de maneira mais agressiva. Geralmente apresentam-se em pacientes mais jovens e têm pior prognóstico. Pode-se citar como fatores prognósticos: idade, local do tumor, grau histológico e qualidade da dissecção – todos eles contribuem para um desfecho satisfatório. Em relação ao tratamento, baseia-se na cirurgia. Contudo, considerando a raridade desses sarcomas, ainda não há um consenso sobre o manejo adequado dos casos. Mas pode-se afirmar que a abordagem atual com potencial curativo é a ressecção cirúrgica com margens microscopicamente negativas. Em relação ao caso relatado, a faixa etária da paciente foge do perfil relatado na literatura.

Comentários Finais O diagnóstico precoce é imprescindível, além do manejo individual de cada paciente. A paciente do caso teve boa evolução no pós-operatório, com ferida operatória cicatrizada e um toque retal sem alterações.



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Article published online:
27 February 2024

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