CC BY 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2024; 59(03): e403-e408
DOI: 10.1055/s-0044-1785659
Artigo Original
Mão

Análise dos procedimentos cirúrgicos no antebraço e na mão e sua relação com a síndrome da dor regional complexa: Um estudo transversal

Article in several languages: português | English
1   Departamento de Ortopedia e Medicina da Dor, Hospital Bom Samaritano, Maringá, PR, Brasil
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1   Departamento de Ortopedia e Medicina da Dor, Hospital Bom Samaritano, Maringá, PR, Brasil
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2   Departamento de Ortopedia e Cirurgia da Mão, Hospital Bom Samaritano, Maringá, PR, Brasil
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3   Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Associação Beneficente Bom Samaritano, Maringá, PR, Brasil
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Resumo

Objetivo A síndrome da dor regional complexa (SDRC) precisa ser mais bem compreendida. Assim, este estudo objetiva analisar se fatores pré e intraoperatórios poderiam estar relacionados ao desenvolvimento de SDRC no pós-operatório.

Métodos Foram revisados 1.183 prontuários de pacientes submetidos a cirurgias no antebraço e na mão entre 2015 e 2021. Os dados de interesse, como diagnóstico, incisões, material de síntese e anestesia realizada, foram coletados, tabulados e submetidos a testes estatísticos com posterior cálculo da razão de chances.

Resultados A maioria dos pacientes era do gênero feminino, com idade entre 30 e 59 anos, que buscaram o serviço de forma eletiva (67% dos casos). Os diagnósticos agrupados de forma geral foram: traumas de partes moles (43%), traumas ósseos (31,6%) e síndromes compressivas (25,5%). Durante esse período, 45 pacientes (3,8%) evoluíram com SDRC. A análise estatística mostrou que a chance de desenvolver SDRC é duas vezes maior em pacientes com síndrome compressiva, especialmente a síndrome do túnel do carpo (STC), que representou a maioria dos cirurgias realizadas em nosso serviço (24%). Em 7,6% dos casos, foram realizadas duas ou mais incisões, o que triplicou a possibilidade de SDRC pós-operatória. Gênero, idade, uso de material de síntese, ou tipo de anestesia não aumentaram estatisticamente o risco de SDRC no pós-operatório.

Conclusão Em suma, a incidência de SDRC é baixa, mas é importante conhecer e reconhecer os fatores de risco para a prevenção e a busca ativa no pós-operatório.

Suporte Financeiro

Os autores declaram que não receberam financiamento de agências dos setores público, privado ou sem fins lucrativos para a realização deste estudo.


Trabalho desenvolvido na Associação Beneficente Bom Samaritano, Maringá, Paraná, Brasil.




Publication History

Received: 14 May 2023

Accepted: 15 January 2024

Article published online:
22 June 2024

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