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DOI: 10.1590/S1809-48722011000100005
Comparison of Indicators of Risk of Deafness in Newborns Studied in the Years 1995 and 2005
Comparação dos Indicadores de Risco para Surdez em Neonatos Encontrados nos Anos de 1995 e 2005Publication History
30 August 2010
20 November 2010
Publication Date:
12 February 2014 (online)
Summary
Introduction: The data submitted by the Center of Epidemiological Surveillance of the State of São Paulo indicates the number of children affected by infecto-contagious diseases increases yearly. Some of these diseases are considered to be of risk for hearing.
Objective: Check and compare the occurrence of risk indicators of the Hearing Loss during the interval of 10 years in a maternity of São Paulo.
Method: Quantitative and retrospective study carried out from the research and review of data of registers supplied by a maternity of the city of São Paulo. We surveyed the registers of babies who were born from January through December of the years of 1995 (n = 2.077) and 2005 (n = 5.129), including those who had risk indicators for deafness and prematurity, low weight and asphyxia, besides having a diagnosis confirmed or suspicion of infecto-contagious diseases of group TORSCH-A.
Results: We reviewed reports of 565 children born in 1995, and 1047 born in 2005. Among the risk indicators of deafness, we noticed a significant difference for the indicator of prematurity and asphyxia and there was no significant difference for the low weight indicator. The risk indicators of prematurity, low weight and asphyxia were more frequent than Toxoplasmosis, Syphilis and HIV + . The children born in 1995 tended to have a higher number of risk indicators and/or diseases than those born in 2005 (p < 0.001).
Conclusion: The major incidence of indicators in 1995 appoints an improvement to health that diminishes the index of newborns with risk of deafness along 10 years.
Resumo
Introdução: Os dados apresentados pelo Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo apontam que o número de crianças acometidas por doenças infecto-contagiosas aumenta a cada ano. Algumas dessas doenças são consideradas de risco para a audição.
Objetivo: Verificar e comparar a ocorrência de indicadores de risco para Deficiência Auditiva durante o intervalo de 10 anos em uma maternidade de São Paulo.
Método: Estudo de caráter quantitativo e retrospectivo, realizado a partir do levantamento e análise de dados dos registros fornecidos por uma maternidade da cidade de São Paulo. Foram levantados os registros dos bebês que nasceram de janeiro a dezembro dos anos de 1995 (n = 2.077) e 2005 (n = 5.129), e inclusos os que apresentaram indicadores de risco para surdez como prematuridade, baixo peso e asfixia, além de possuir diagnóstico confirmado ou suspeita de doenças infecto-contagiosas do grupo TORSCH-A.
Resultados: Foram considerados os prontuários de 565 crianças nascidas em 1995, e de 1047 em 2005. Dentre os indicadores de risco para surdez, observou-se diferença significativa para o indicador prematuridade e asfixia, não havendo diferença significativa para o indicador baixo peso. Os indicadores de risco prematuridade, baixo peso e asfixia foram mais frequentes que a Toxoplasmose, a Sífilis e o HIV + . As crianças nascidas em 1995 tenderam a ter um maior número de indicadores de risco e/ou doenças do que as nascidas em 2005 (p < 0,001).
Conclusão: A maior incidência de indicadores em 1995 aponta melhoria na saúde, diminuindo ao longo de 10 anos o índice de recém-nascidos com risco para surdez.
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