ABSTRACT
Objective: Analyze data regarding patients in need of hospital care admitted in our oncology
infirmary aiming for better clinical practices, clinical support and scope for financial
and structural needs for institutions. Methods: A prospective study of 191 patients admitted for in-hospital care during a year,
who were stratified by diagnosis, age, sex, admission reason, duration of stay, re-admission
rate and outcomes. Results: 97 male and 94 female patients were admitted, with a 61-year-old mean age; the mean
stay was 13,4 days; and a re-admission rate of 9,4%. Main admission causes: terminality
[defined by PSECOG=4, with a 30 day or less estimated life expectancy]: 30 patients
(15,7%); total pain: 23 (12,0%); oncological emergencies [febrile neutropenia, malignant
hypercalcemia, medullar compression, superior vena cava syndrome]: 20 (10,4%); clinical
deterioration [defined as worsening of patients performance or malnutrition]: 15 (7,8%);
abdominal pain [without acute abdomen]: 14 (7,3%). Most common primary tumor sites
were: colorectal=30 (15,7%), breast=28 (14,6%), stomach=20 (10,4%), lung=14 (7,3%),
ovary=12 (6,2%) and prostate=10 (5,2%). Results: 99 deaths (mortality rate 52,1%). Patients in terminality presented a 90% ratio of
mortality within an average of 6,6 days of hospital care. Febrile neutropenia (42,8%)
and abdominal pain (35,7%) both achieved above expected mortality rates. 91 patients
were discharged from the hospital and went back to ambulatory care. Conclusion: Our analysis pointed at an admission rate of 1,2%, pointing at good clinical ambulatory
practices. The mean in-hospital stay comparison between patients who were discharged
and those who died, not considered terminal ill, was unexpectedly similar, 11,7 versus
13,4 days, respectively, suggesting that in-hospital care should be focused on symptoms
- not outcomes. Patients with febrile neutropenia and gastrointestinal cancer should
be evaluated with caution due to higher than expected mortality rates
RESUMO
Objetivo: Analisar dados relativos a pacientes com necessidade de atendimento hospitalar internados
em nossa enfermaria de oncologia visando melhores práticas clínicas, suporte clínico
e abrangência das necessidades financeiras e estruturais das instituições. Métodos: Estudo prospectivo de 191 pacientes internados para atendimento hospitalar durante
um ano, estratificados por diagnóstico, idade, sexo, motivo da internação, tempo de
internação, taxa de readmissão e desfechos. Resultados: Foram admitidos 97 pacientes do sexo masculino e 94 do feminino, com média de idade
de 61 anos; a média de permanência foi de 13,4 dias; e uma taxa de readmissão de 9,4%.
Principais causas de internação: terminalidade [definido por PS-ECOG=4, com expectativa
de vida estimada de 30 dias ou menos]: 30 pacientes (15,7%); dor total: 23 (12,0%);
emergências oncológicas [neutropenia febril, hipercalcemia maligna, compressão medular,
síndrome da veia cava superior]: 20 (10,4%); deterioração clínica [definida como piora
do desempenho do paciente ou desnutrição]: 15 (7,8%); dor abdominal [sem abdome agudo]:
14 (7,3%). Os locais mais comuns de tumor primário foram: colorretal=30 (15,7%), mama=28
(14,6%), estômago=20 (10,4%), pulmão=14 (7,3%), ovário=12 (6,2%) e próstata=10 (5,2%).
Resultados: 99 óbitos (taxa de mortalidade 52,1%). Os pacientes em terminalidade apresentaram
uma taxa de mortalidade de 90% em uma média de 6,6 dias de atendimento hospitalar.
Neutropenia febril (42,8%) e dor abdominal (35,7%) atingiram taxas de mortalidade
acima do esperado. 91 pacientes receberam alta hospitalar e retornaram ao ambulatório.
Conclusão: Nossa análise apontou taxa de internação de 1,2%, apontando boas práticas clínicas
ambulatoriais. A comparação do tempo médio de internação hospitalar entre os pacientes
que receberam alta e os que morreram, não considerados doentes terminais, foi inesperadamente
semelhante, 11,7 versus 13,4 dias, respectivamente, sugerindo que o atendimento intra-hospitalar
deve ser focado nos sintomas - não nos resultados. Pacientes com neutropenia febril
e câncer gastrointestinal devem ser avaliados com cautela devido às taxas de mortalidade
mais altas do que o esperado.
Keywords:
Hospital cancer care - Supportive care cancer patients - Oncology infirmary - Palliative
care - Clinical oncology - Cancer pain.
Descritores:
Cuidados hospitalares de câncer - Cuidados de suporte a pacientes com câncer - Enfermaria
oncológica - Cuidado paliativo - Oncologia clínica - Dor de câncer.
Bibliographical Record
Pedro Paulo Perroni da Silva, Humberto Pinto De Matos, Luciana De Araujo Brito Buttros,
Nadia Yumi Hatamoto, Ana Clara Salviato Capassi, Gabriela Filgueiras Sales, Gilson
Luchezi Delgado, Luis Antonio Pires, Julia Villa Rios Borin, Mateus Sudario Alencar,
Bruna Carone Dias, Marina Vieira Maia, Fernanda Paiva De Carvalho, Matheus Herculano.
Real-life data from an oncology infirmary in a Brazilian universitybased teaching
hospital. Brazilian Journal of Oncology 2021; 17: e-20210008.
DOI: 10.5935/2526-8732.20210008