Open Access
CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672366
Oral Presentation – Functional
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Goniometria de membros inferiores como uma ferramenta confiável para medir o resultado após o tratamento da espasticidade com rizotomia dorsal seletiva

Vinícius Marques Carneiro
1   Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HC-FMRP-USP)
,
Marcelo Volpon Santos
1   Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HC-FMRP-USP)
,
Carla Andrea Tanuri Caldas
1   Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HC-FMRP-USP)
,
Patrícia Nastrini Gomes Bastos da Cunha Oliveira
1   Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HC-FMRP-USP)
,
Hélio Rubens Machado
1   Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HC-FMRP-USP)
,
Ricardo Santos Oliveira
1   Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HC-FMRP-USP)
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 
 

    Introdução: Rizotomia dorsal seletiva (RDS) é uma opção terapêutica indiscutível para o tratamento de espasticidade causada por paralisia cerebral (PC). O resultado pós-RDS é usualmente adquirido por escalas subjetivas e escores de qualidade de vida, mas também por goniometria, que é a mensuração da mobilidade total de uma articulação específica. Isto permite uma análise quantitativa da eficácia da RDS, e é utilizada rotineiramente no seguimento durante a reabilitação.

    Objetivo: Avaliar os parâmetros goniométricos de pacientes com PC submetidos à RDS em nosso serviço e, desta forma, mensurar os resultados pós-operatórios.

    Materiais e métodos: Os autores revisaram os casos de pacientes com PC associada à espasticidade tratados com RDS entre junho de 2010 e julho de 2017. Dados demográficos, número de membros espásticos e escore pré-operatório de GMFCS (Gross Motor Function Classification System) foram coletados, além de goniometria da abdução do quadril, poplítea bilateral e ângulo da dorsiflexão do pé pré-cirúrgico e 6 meses de pós-operatório.

    Resultados: Foram incluídos 35 pacientes (19 do sexo masculino e 16 do feminino, com média de idade de 8,7 anos). Treze (37,1%) tinham paresia bilateral em membros inferiores; dez (28,5%), triparesia; e 14 (40%), tetraparesia. A distribuição pré-operatória do GMFCS foi: um de grau II, sete de grau III, 16 de grau IV e dez de grau V. Melhora do ângulo de abdução do quadril foi vista em 84,6%; do ângulo poplíteo bilateral, em 69,2%; e de dorsiflexão do pé, em 61,5%.

    Conclusão: Goniometria é um método seguro para a avaliação quantitativa dos benefícios da RDS, demonstrando sua eficácia e se correlacionando com outros escores como uma ferramenta confiável de resultado. É simples e, portanto, pode ser realizada por qualquer membro clínico da equipe de reabilitação envolvido nos cuidados dos pacientes com espasticidade.


    No conflict of interest has been declared by the author(s).