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DOI: 10.1055/s-0038-1672488
Avaliação retrospectiva de resultados cirúrgicos de tumores hipofisários em pacientes com acromegalia em hospital terciário de Porto Alegre
Publication History
Publication Date:
06 September 2018 (online)
Introdução: A acromegalia é decorrente da liberação suprafisiológica do hormônio do crescimento (GH), com níveis circulantes persistentemente elevados. A doença tem efeitos sistêmicos que estão associados a aumento da morbimortalidade. O tratamento cirúrgico visa, principalmente, à cura hormonal, bem como a melhorar sintomas compressivos e alterações metabólicas associadas.
Objetivos: Perfil epidemiológico e resultado cirúrgico de pacientes com acromegalia por tumores de hipófise
Métodos: Foram analisados, em prontuário eletrônico, os pacientes com acromegalia submetidos a tratamento cirúrgico de tumor de hipófise, de 2007 a 2017, em hospital terciário de Porto Alegre. Foram avaliados sexo, sintomas, idade, Knosp, tamanho tumoral, tratamento medicamentoso pré e pós-operatório, abordagem, grau de ressecção, complicações cirúrgicas, reabordagem, cura hormonal, melhora visual e tratamento radioterápico adjuvante.
Resultados: Entre os 19 casos avaliados, 10 pacientes do sexo feminino. Média de idade de 43 anos. O sintoma mais prevalente, ao diagnóstico, além dos estigmas acromegálicos, era cefaleia. Cinco pacientes apresentavam, ao diagnóstico, perda visual. Tamanho tumoral: 17 macroadenomas. A classificação Knosp mais frequente foi a 4 (6 pacientes). Sete pacientes realizaram tratamento medicamentoso pré-operatório. Abordagem via transesfenoidal foi a de escolha em 18 casos. A ressecção foi total em 9 casos. A complicação mais frequente foi diabetes insipidus (2), ambos transitórios. Houve perda visual permanente em um caso. Preencheram os critérios de cura hormonal no pós-operatório – cinco casos. Entre os que não obtiveram cura hormonal apenas com a cirurgia (14), em dois casos, não se obteve controle da doença com tratamento medicamentoso pós-operatório, sendo submetidos à radioterapia estereotáxica fracionada – um deles com controle da doença, o outro ainda em seguimento. Entre os que apresentavam perda visual (5 casos), dois apresentaram melhora, com campimetria documentada. Um caso foi submetido à reabordagem transesfenoidal – em que não houve controle da doença com tratamento medicamentoso.
Conclusões: Corroborando com a literatura em relação ao tratamento combinado, os pacientes que não preencheram critérios de cura apenas com cirurgia controlaram a doença com o uso de análogos da somatostatina e/ou radioterapia. Essa série demonstra a importância da cirurgia, bem como do tratamento medicamentoso pós-operatório e da radioterapia adjuvante.
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