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DOI: 10.1055/s-0038-1672557
Metástase espinhal de câncer de mama extra e intradural: relato de caso
Publikationsverlauf
Publikationsdatum:
06. September 2018 (online)
Apresentação de caso: Paciente I.S.L.F., sexo feminino, 65 anos, diagnosticada previamente com câncer de mama e ressecção remota de metástase cerebral, admitida com tetraparesia progressiva e plegia em membro superior esquerdo, associado com parestesia em membros superiores. Realizada RNM de coluna cervical que evidenciou presença de lesão destrutiva/infiltrativa comprometendo parcialmente os corpos vertebrais e elementos do arco posterior de C1, C2 e C3, associando-se volumosa massa extraóssea no interior do canal, determinando compressões assimétricas sobre a medula e obliterando os forames intervertebrais correspondentes, com extensão pré-vertebral. Há hipersinal intramedular, inferindo edema, na altura de maior compressão da medula em C3–C4. Paciente foi submetida a tratamento cirúrgico, laminectomia para descompressão medular, e durante a cirurgia foi evidenciada lesão intradural extramedular com compressão da medula espinhal. Foi realizada ressecção radical da lesão.
Discussão: A coluna vertebral é o terceiro sítio mais comum de ocorrência de metástases, perdendo em frequência para pulmão e fígado. As metástases extradurais são mais frequentes que as intradurais, afetadas, respectivamente, em 94,5% e 0,5–6% dos casos. O adenocarcinoma é o tipo histológico mais comum de metástase intradural extramedular, sendo o câncer de mama e de pulmão os dois focos primários mais frequentes. O câncer de próstata também é um sítio primário frequente de metástases para coluna, ocorrendo em mais de 10% dos pacientes. A rápida progressão dos sintomas pode distinguir metástases de tumores primários da medula. Dor é o sintoma mais precoce nos casos de metástase, em 80% dos casos, seguido de fraqueza, perda sensorial e disfunção de esfíncteres. O tratamento cirúrgico é indicado em casos de descompressão de estruturas neurais para estabilizar ou melhorar um quadro de dor intratável, fraqueza nos membros ou alteração vesical.
Comentários finais: As metástases extra e intradurais são raras, mas precisam ser prontamente diagnosticadas pelo risco de manutenção de possíveis compressões medulares. O tratamento cirúrgico pode representar uma melhora neurológica em até 74% dos casos, apesar de não aumentar a sobrevida do paciente. O prognóstico nos casos de metástase intradural extramedular é geralmente ruim, com sobrevida média de 5 a 7 meses.
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Die Autoren geben an, dass kein Interessenkonflikt besteht.