CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672716
E-Poster – Peripheral Nerve
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Resultado funcional da transferência do nervo acessório para o nervo supraescapular para restaurar função do ombro em lesões traumáticas do plexo braquial em adultos

Mário Gilberto Siqueira
1   Grupo de Cirurgia de Nervos Periféricos, Divisão de Neurocirurgia Funcional Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo
,
Roberto Sérgio Martins
1   Grupo de Cirurgia de Nervos Periféricos, Divisão de Neurocirurgia Funcional Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo
,
Davi Fontoura Solla
1   Grupo de Cirurgia de Nervos Periféricos, Divisão de Neurocirurgia Funcional Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo
,
Luciano Foroni
1   Grupo de Cirurgia de Nervos Periféricos, Divisão de Neurocirurgia Funcional Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo
,
Hugo Sterman-Neto
1   Grupo de Cirurgia de Nervos Periféricos, Divisão de Neurocirurgia Funcional Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo
,
Carlos Otto Heise
1   Grupo de Cirurgia de Nervos Periféricos, Divisão de Neurocirurgia Funcional Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo
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Publikationsverlauf

Publikationsdatum:
06. September 2018 (online)

 
 

    Introdução: A mobilização e estabilidade do ombro estão entre as principais prioridades da reconstrução cirúrgica do plexo braquial lesado. A técnica de transferência do nervo acessório para o nervo supraescapular (TASE) é a mais frequentemente utilizada com esse propósito.

    Objetivo: Avaliar nossos resultados funcionais com a transferência proposta.

    Método: Análise retrospectiva de série cirúrgica com 105 pacientes adultos portadores de lesões traumáticas do plexo braquial, divididos em quatro grupos, de acordo com a estratégia cirúrgica empregada: 1. TASE (lesão de C5–C6); 2. TASE + transferência de ramo do nervo radial (lesão de C5–C6); 3. TASE + transferência do nervo peitoral medial (lesão de C5–C6–C7) e 4. TASE (lesão completa). Os resultados da amplitude de movimento (AM) para abdução e rotação externa do ombro foram mensurados.

    Resultados: Idade média de 27,7 anos e intervalo médio entre a lesão e a cirurgia de 7,4 meses. Os resultados pós-operatórios para a abdução do ombro para os grupos 1 a 4 foram IC (intervalo de confiança) 95% 25,1–66,1; IC95% 18,8–74,6; IC 95% 23,9–50,1 e IC 95% 26,5–40,2. Não houve diferença significativa entre os grupos para a abdução do ombro. Para a rotação externa do ombro os resultados foram IC 95% 11,9–38,7; IC 95% 7,6–68,0; IC 95% 5,1–31,2 e IC 95% 1,9–12,3, respectivamente. Houve superioridade dos grupos 1 e 2 com relação ao grupo 4 (valores de p ajustados: 0,04 e 0,02), com maior percentual de pacientes com resposta funcional (≥55 graus) nesses grupos (21,7% e 35,7% vs 5,7%, respectivamente, p = 0,018).

    Conclusão: Nossos resultados foram considerados bons para a abdução do ombro, mas para a rotação externa, em concordância com a literatura, estão longe de ser aceitáveis.


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    Die Autoren geben an, dass kein Interessenkonflikt besteht.