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DOI: 10.1055/s-0038-1673025
Diagnóstico sequencial de duas malformações arteriovenosas cerebrais: estudo de caso
Publication History
Publication Date:
06 September 2018 (online)
Apresentação do caso: Paciente do gênero masculino de 19 anos foi encaminhado ao Complexo Hospitalar de Mangabeira Governador Tarcísio de Miranda Burity (PB) devido a uma persistência de cefaleia tensional há mais de cinco dias. Foi realizada uma tomografia computadorizada de crânio (TCC) que constatou um conteúdo hiperdenso no interior do ventrículo lateral direito. A angioressonância arterial e venosa de crânio revelou alterações discretas de efeitos expansivos localizadas na porção mais posterior do esplênio do corpo caloso com classificação de Spetzler-Martin II. Na Arteriografia Cerebral foi confirmada a primeira malformação arteriovenosa (MAV) no esplênio do corpo caloso, desse modo, optou-se pelo tratamento a radiocirurgia. O paciente foi reavaliado 3 e 9 meses após a realização da primeira radiocirurgia através de Ressonância Magnética. Após um ano e meio, uma angiografia foi realizada confirmando a cura satisfatória da primeira MAV, no entanto, foi observada uma segunda MAV posteriormente ao joelho do corpo caloso. Uma segunda radiocirurgia foi realizada, sendo novamente o paciente reavaliado três e nove meses após a segunda radiocirurgia através de Ressonância Magnética, na qual não foi evidenciada nenhuma alteração.
Discussão: A gênese da Malformação Arteriovenosa (MAV) é classicamente vista como uma anomalia do desenvolvimento do sistema vascular cerebral durante a embriogênese. A tomografia computadorizada e a ressonância magnética nuclear são os métodos de imagem que habitualmente permitem o diagnóstico, mesmo sem evidente suspeita clínica, porém, a angiografia cerebral proporciona a compreensão e orientação terapêutica da MAV, ja que é unicamente capaz de análisar sua morfoestrutura e hemodinâmica.
Comentários finais: Embora a angiografia cerebral seja considerada padrão ouro para avaliar a angioarquitetura da MAV, torna-se indispensável a execução de incidências apropriadas e a resolução espacial adequada para um diagnóstico expansivo e decisivo, principalmente, em casos de pequenas lesões, evitando-se assim, a necessidade repetitiva da radiocirurgia e consequentes danos físicos e emocionais ao paciente.
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